Uma jovem estudante são-tomense, de 19 anos, residente no Porto, Portugal, está grávida de sete meses e quer ajuda para pagar a renda do quarto que arranjou para viver com o namorado, após ver-se obrigada, por causa da gravidez, a abandonar o local que vivia anteriormente.
A informação foi divulgada pelo “Jornal de Notícias”, de Portugal, que avançou que a jovem, natural do arquipélago, “mal dorme e passa a vida a chorar, desde que, no final de fevereiro, foi obrigada a sair do quarto onde vivia, por estar grávida”.
“Após várias portas se terem fechado, a aluna de uma escola profissional do Porto conseguiu arranjar um quarto, onde vive com o namorado, mas só têm dinheiro para pagar o primeiro mês. “Ajudem-nos, se puderem. Estou grávida”, lê-se no site português.
“A renda do quarto, fora do alojamento da escola, é muito cara, e a minha bolsa de estudos e o salário do meu namorado não chegam […] apesar de muito cansada e muito triste, continuo a ir às aulas e não queria parar os estudos, até porque não posso perder a bolsa. E grávida de sete meses, ninguém me dá emprego”, sublinhou a jovem, que foi estudar para Portugal ao abrigo de um protocolo celebrado entre a escola e uma instituição de São Tomé e Príncipe.
Sem avançar a identidade da jovem estudante, o Jornal de Notícias adianta que em desespero e “com a possibilidade de a Segurança Social ou a Comissão de Proteção e Crianças e Jovens lhe retirarem o bebé, a jovem tem vivido num sobressalto constante”.
“Eu e o meu namorado estamos ansiosos pela vinda do bebé, em maio, já gostamos muito dele e tudo vamos fazer por ele. Mas eu choro muito, e tenho medo de que o meu menino nasça triste”, confessou.
Segundo o JN, além da bolsa de estudos, o único rendimento é o salário do namorado, de 21 anos, que trabalha na construção civil.
No entanto, avança ainda que “sem família em Portugal, a aluna diz que ficaram em pânico quando o senhorio do quarto onde viviam lhes disse que não aceitava crianças”.
“Batemos a todas as portas, procurámos por todo o lado, e a resposta era sempre a mesma: ‘já está ocupado’. Finalmente, um senhor muito simpático aceitou-nos, e alugou-nos um quarto. Mas só temos dinheiro para o primeiro mês: 500 euros. Não durmo só choro”, contou.
O jornal português avançou ainda que, uma cidadã portuguesa, com espírito solidário, “Paula Magalhães organizou a campanha de angariação de fundos e apela a quem puder para ajudar o jovem casal de São Tomé e Príncipe, que, desde que chegou a Portugal, em 2023, tem passado por “muitas dificuldades – frio, fome, racismo -, mas nunca baixou os braços”.
“Desde o dia 20 de fevereiro, só foram feitas cinco doações no valor total de 200 euros”, refere o Jornal Nacional.
Foto de destaque: Santiago Magazine
