Os jogadores de futsal da cidade da Trindade exigem solução para o polidesportivo da comunidade cuja obra está sem conclusão há mais de um ano, dificultando a prática desportiva neste local e ameaçando a segurança dos moradores, sobretudo das crianças. A autarquia local, remeteu o problema para o Governo.
Segundo Wilker Fernandes, um dos atletas que pratica o futsal neste campo, a requalificação e a conclusão desta infraestrutura estava prevista para três meses, mas até ao momento, as obras não avançaram, e não se sabe o motivo.
“Nós simplesmente desconhecemos o facto. A empresa há semanas, chegaram aqui e removeram a estrutura que dava vedação ao campo, foi-se embora e não temos nenhuma resposta até ao momento”, disse Fernandes à RSTP.
“O que nos estranha mais é que não houve nenhuma reação por parte da câmara, ou seja, não temos nenhuma informação, o porquê que a empresa fez isso, o porquê que a obra está a demorar tanto tempo. Nós enquanto jovens e amantes do desporto, gostamos de praticar o futebol, estamos agora pendentes sem como treinar há mais de um ano por causa dessa situação”, lamentou.
Os desportistas alertam que o estado da infraestrutura tem colocado em perigo a vida dos praticantes das modalidades desportivas na cidade da Trindade.
“Obviamente dá para ver que o pavimento não é adequado para a prática desportiva, por isso que também não dá para jogar, porque jogar nessas situações corremos riscos sério de ter graves lesões, se nós tivermos uma queda cá”, disse Fernandes.
Mas também há outra preocupação que nos aflige, que é a empresa, que no ato da construção deixou um buraco ali [perto do campo], e sabemos que aqui há duas escolas bem próximas em que os meninos atravessam essa rua para aceder a escola”, acrescentou Wilker Fernandes.

Apelos foram lançados, principalmente para a autarquia de Mé-Zochi, de forma a resolver o problema.
“Nós queremos apelar, no sentido de a câmara junto a empresa, procurar obter uma resposta para poder pelo menos terminar a obra, nós sabemos que o nosso atual presidente da câmara é uma pessoa muito amante do desporto, é alguém que também já praticou o desporto aqui juntamente connosco e se calhar é uma situação que aflige, mas se a identidade responsável procurar saber junto a empresa o que se passa, então será a melhor forma de ultrapassarmos essa situação”, defendeu.
Admilson, um dos jogadores que também prática o futsal neste campo, também se mostrou descontente com a situação desta infraestrutura desportiva no centro da cidade da Trindade.
“Tendo em conta que disseram que brevemente ia acabar, mas infelizmente, desde aquela hora [um ano atrás] não vimos nada feito, então, os jovens que fazem parte do grupo 5 da manhã, estão revoltados com isso”, disse o jogador.

Contactado pela RSTP, o presidente da câmara de Mé-Zochi, Anahory Dias disse que está em contacto com o governo para a resolução do problema, mas ainda aguarda a resposta, sobretudo, do Ministério da Saúde que tutela a pasta do desporto.
