A Cooperativa Josina Machel, situada no largo Alda do Espírito Santo, perto do ‘Jardim das Madres’, existe há mais de 20 anos, e tem contribuído para o ensino da arte de costura à dezenas de adolescentes e jovens, mas apela por ajuda para melhorar o impacto económico e social do seu trabalho.
Ildita de Ceita, é uma das seis formadoras que trabalha neste espaço há mais de 20 anos, onde são feitos vários artigos de costura, incluindo uniformes, bandeiras, cortinados, vestidos e outras peças.
“Aqui na cooperativa Josina Machel só aceitamos meninas, rapazes não, porque foi criada só para mulheres e não para homens”, precisou.
Segundo Ildita de Ceita, neste momento, cinco (5) meninas estão na fase de aprendizagem.
“Há quem vem aprender, depois vai para escola, há quem também está aqui no período da manhã e de tarde […] mas, elas saem daqui com uma profissão”, assegurou.
Além da costura, a responsável disse que também ensinam e conversam com as meninas sobre alguns assuntos da sociedade.
“Ensinamos como a sociedade está agora, falamos com elas, damos conselhos, porque primeiro é o futuro, homem está no segundo plano. Primeiro é o teu trabalho”, disse a costureira.
Embora as dificuldades, a cooperativa está aberta para acolher outras meninas que queiram também aprender a costurar, segundo Ildita de Ceita.
“Quem quer aprender pode vir, nós ensinamos, só que não temos assim uma ajuda de Estado, ou de qualquer coisa, nós não temos. […] Quem quiser nos ajudar, pode vir para Josina Machel e nos ajudar, é isso que eu peço”, precisou.
O espaço recebeu o nome de Josina Machel, em homenagem a aquela que foi a heroína da independência moçambicana e que lutou pelos direitos das mulheres.