“Sami” é uma deficiente visual são-tomense, que faz crochês, é bailarina, massagista e que tem procurado superar os obstáculos para trabalhar e sustentar a sua família, mas apela por apoio para continuar a empreender e garantir o seu auto-sustento.
Adquemizia Varela mais conhecida por “Sami” completará 39 anos e perdeu a visão desde os seus 9 anos, mas tem mostrado que as pessoas com deficiência em São Tomé e Príncipe são capazes de superar quase todos os limites e obstáculos impostos pela deficiência.
Além de artesã, Sami é massagista e também bailarina da Companhia de Dança Inclusiva de São Tomé e Príncipe, ANKA.
Foi através do convite para ingressar na Associação dos Cegos e Amblíopes de São Tomé e Príncipe, onde aprendeu todas as técnicas da arte de costura de crochês.
“Entrei na aula de artesanato, (…) cheguei na escola peguei no quadro e o professor (…) já viu a maneira que estou a trabalhar, sem saltar linha e casa, que estou a ir bem e para continuar”, afirmou a artesã em declarações À RSTP.
Um pequeno tabuleiro especializado, agulha e linha nas mãos, assim começa a história de superação da deficiente visual, Sami que dedica-se a costura de crochês.

Todo o trabalho de produção de crochês tem sido mantido por esforço próprio da deficiente visual, doações da Associação e pelos trabalhos já realizados e vendidos.
“Produzi muitos crochês sim, já vendi vários e graças à Deus tudo que vendi consegui dinheiro para sustentar meus filhos e também comprar material de escola para eles”, garantiu a deficiente visual.
Sami relatou que é guiada por um dos filhos seus cinco filhos, mas ainda assim passa por vários constrangimentos no seu dia-a-dia.
“Nós (os) deficientes não somos valorizados, porque eu na estrada a andar as pessoas param na estrada (dificultando o seu acesso), mesmo meu filho pedindo licença elas não saem”, declarou.

“Sami” tem passado por dificuldades e apela por ajuda para fazer crescer o seu negócio de produção de crochês e em equipamentos de massagem. (Contacto telefónico da Sami – 9926314)
“Pessoas de boa vontade para me ajudar a comprar linha (de costurar crochês), (…) para me ajudar a comprar materiais de massagem, (como) o óleo, marquesa, pano, e ter um quarto (para realizar massagem)”, salientou a deficiente visual Adquemizia Varela mais conhecida por “Sami”.
