O sindicato dos funcionários judiciais são-tomenses suspendeu hoje a greve que perdurou por quase um mês e anunciaram o reinício dos trabalhos a partir de segunda-feira, após a assinatura do memorando de entendimento com o Governo.
Segundo Laurindo Vicente, apenas o subsídio, uma das exigências da classe que estava na base da greve, será pago, aguardando, no entanto, o pagamento de outros subsídios após o reajuste salarial.
“Chegamos a um consenso, já assinamos o memorando e essa é a nossa satisfação. Relativamente a outros subsídios que estávamos a reivindicar, o Governo entendeu bem, e no acordo entre as partes, chegamos a um consenso que vamos esperar o reajuste salarial, o Governo justificou e nós entendemos, vimos que há boa vontade da parte do Governo em querer colaborar e ajudar, e nós também estamos disponível”, disse o presidente do sindicato dos funcionários judiciais, Laurindo Vicente.
“Vamos suspender a greve, pelo menos, com um dever cumprido que é o pagamento da nossa dívida e esperar o reajuste para que a coisa entre no seu devido lugar”, acrescentou.
Laurindo Vicente, adiantou ainda que caso não houver o reajuste salarial, de acordo com o memorando de entendimento assinado entre as partes, o sindicato não hesitará em paralisar os trabalhos novamente.
“Estamos a suspender [a greve], porque estamos a confiar, vimos a boa vontade da parte do Governo e também a nossa boa vontade, então chegamos a esse acordo e vamos aguardar e temos essa fé vendo o empenhamento deste Governo na pessoa da senhora ministra da justiça, também como do ministro das Finanças e o primeiro-ministro que mostrou total disponibilidade em colaborar connosco, então temos fé que isso vai dar certo”, sublinhou o sindicalista que avançou que o subsídio será pago a partir do final do mês de maio.
De acordo com uma publicação feita na página do Ministério da Justiça, Assuntos Parlamentares e Direitos da Mulher “a negociação foi conduzida com espírito de cooperação, compromisso e responsabilidade por ambas as partes, resultando em avanços significativos na definição de medidas para a evolução da tabela remuneratória da carreira”.
“O diálogo construtivo e a boa-fé marcaram todo o processo, contribuindo para o consenso agora alcançado”, lê-se na publicação.
De sublinhar que os funcionários judiciais de São Tomé e Príncipe iniciaram a greve desde o dia 28 de março, exigindo melhorias de subsídios e a aprovação de um novo estatuto profissional, onde até ao momento só estava a assegurar apenas os serviços mínimos alternados em algumas secretárias judiciais.