São Tomé e Príncipe iniciou a elaboração do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, com o apoio da UNESCO, durante um ateliê nacional de Fortalecimento das Competências Técnicas sobre a Convenção de 2003 da UNESCO, visando identificar, validar e documentar cerca de 100 manifestações culturais imateriais, envolvendo todos os distritos do país e a Região Autónoma do Príncipe.
Entre os elementos a serem inventariados estão mitos, contos e lendas, danças, peças de teatro popular, rituais, festas tradicionais, práticas sociais como o “levantamento do voador panha” na zona de Neves, gastronomia típica e saberes da medicina tradicional.
“Este inventário é o primeiro passo que o país dá para a salvaguarda destes bens, desses elementos que fazem parte da sua identidade cultural”, disse a representante da UNESCO em São Tomé e Príncipe, Sónia Carvalho
O ateliê que reuniu os formandos de todos os distritos do país, permitirão que os mesmos, junto com a comunidade local poderão de forma mais capacitada elaborar o Inventário do Património Cultural Imaterial, segundo a representante da UNESCO em São Tomé e Príncipe.
“Eles adquiriram ferramentas suficientes para que sejam eles próprios os detentores dos elementos a salvaguarda do seu património cultural imaterial”, sublinhou Sónia Carvalho.
A ministra da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior, Isabel Abreu, que presidiu o enceramento da formação destacou que esta ação representa um passo decisivo na valorização e salvaguarda do património cultural são-tomense, reforçando os laços com a memória colectiva, o sentimento identitário das comunidades e a diversidade cultural do país.
“Acreditamos que esta equipa formada estará em condições de realizar sob orientação da Comissão Nacional em estreita colaboração com a Direção Geral da Cultura, órgão extra afeto ao Ministério que superiormente dirige o Inventário do Património Cultural” referiu a ministra
O processo decorrerá até Setembro de 2025, altura em que os inventários serão validados e as manifestações culturais reconhecidas serão oficialmente inscritas na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial, por meio de despacho ministerial.
A formação que decorreu na Biblioteca Nacional, teve a duração de 10 dias.
