O projeto “Entreposto das Artes” terminou em São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, depois de 3 anos de atuação, tendo contribuído para a promoção do emprego e a geração de rendimento sustentável, através da dinamização do setor cultural nos dois países.
A cerimónia do encerramento onde foi apresentado os resultados alcançados, teve lugar no espaço da FACA, na Roça Água Izé.
“A visão com que eu fico deste projeto é sempre uma visão boa, medida que traz aqui para o distrito de Cantagalo e, em particular para a comunidade de Água Izé, digamos assim uma visão de crescimento ao nível desta mesma comunidade, como todos nós sabemos, Água Izé é uma comunidade carregada de histórias e, logo por ser aqui o sítio escolhido para a implementação deste projeto, vem ao encontro daquilo que de facto é importante”, disse o presidente da câmara distrital de Cantagalo, Paulo Bacuda.
“Essa comunidade durante muito tempo estava esquecida e este tipo de projeto trará um crescimento, não só ao nível da cultura nacional, mas também a própria comunidade, sabemos que aqui mora uma comunidade bastante antiga, tem aqui uma cultura muito antiga e é obvio que esta atividade vai com certeza trazer par aqui uma visão bastante ampla desta comunidade”, acrescentou.
Formações em artes performativas, olaria, música e construção de instrumentos musicais, aquisição de equipamento de som e luz e melhorias no espaço CACAU, bem como a promoção de residências artísticas que contribuiu para a realização das duas últimas Bienais de Arte e Cultura em São Tomé e Príncipe, foi um dos principais objetivos deste projeto.
“Apesar de muitos jovens terem emigrado, estamos em condições de organizar vários eventos e não necessitar de técnicos que venham de fora para o fazer, a não ser que venham também fazer formação contínua, que venham fazer intercâmbios, que venham acrescentar valores”, sublinhou João Carlos Silva, enquanto representante da Associação Roça Mundo.

O projeto é uma ação financiada pela União Europeia e Cofinanciada e gerida pelo Camões e implementado pela Associação Roça Mundo.
“Esperemos nós que [este projeto] tenha criado algumas bases para que o setor cultural em São Tomé e Príncipe seja dinâmico, traga novos pensares, abrir mundo ao mundo, não só nos aspetos tradicionais, como a parte da cerâmica, até do cavaquinho que foi agira recuperado, mas também trazer outra perspetiva daquilo que é a cultura, fazer nos pensar sobre nós próprios e sobre os outros”, referiu Ana Ferreira enquanto representante do PROCULTURA.
A ministra da Educação, Cultura, Ciências e Ensino Superior, que presidiu a cerimónia do enceramento da atividade, destacou o papel preponderante na dinamização das atividades culturais no país.
“Em São Tomé, o entreposto das artes possibilitou a melhoria do espaço e aquisição de equipamentos para o CACAU, local por excelência, dinamizador do movimento cultural em São Tomé, criando condições para existência entre outras atividades de uma promoção regular de teatro, uma oferta que conseguiu criar público e se tornou numa referência”, disse a ministra Isabel Abreu.

O projeto “Entreposto das Artes” faz parte dos seis projetos de desenvolvimento do setor cultural em São Tomé e Príncipe, subvencionados em cerca de 4 milhões de euros no âmbito do projeto PROCULTURA.
