“Mataram” a Praça Alda do Espírito Santo. Escritora não merecia “tratamento tão desprezível” – UNEAS

Há quatro anos a placa  na qual constava o nome da poetisa foi derrubada, e o largo no qual tem o seu nome caminha a passos largos para a destruição e esquecimento. Recorde-se que na altura a RSTP levou ao público a situação do largo e o governo na referiu que seguiria com a construção de uma estátua em memória da Poetisa, entretanto,  nada foi feito.

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Alda

O escritor e presidente da União Nacional dos Artistas e Escritores Santomenses (UNEAS), Albertino Bragança, alertou que a poetisa Alda do Espírito Santo, não merecia “um tratamento tão desprezível”, face ao estado de degradação da Praça que recebe o seu nome, mas nunca recebeu a requalificação ou infraestruturas para honrar a poetisa.

“Olho com muita pena […] na medida em que Alda do Espírito Santo merecia muito mais e não ter um tratamento tão desprezível como o que estamos a ver e assistir”, lamentou Albertino Bragança em declarações à reportagem da RSTP.

O cenário de degradação da praça, é visível há mais de quatro anos, e apesar de ter sido noticiado pela RSTP, as autoridades de fizeram promessas de melhorias, incluindo a construção de uma estátua em memória da poetisa, mas nada foi feito.

Atualmente não existe no local, qualquer referência à Alda do Espírito Santo, a placa que identificava a praça, partiu e desapareceu, e não houve qualquer renovação das infraestruturas.

No mês em que comemora-se a mais uma edição do mês da cultura são-tomense e prevê-se a realização da primeira conferência sobre a vida e obra da poetisa Alda do Espírito, Albertino Bragança recorda que, no passado, o local foi um ponto de encontro para crianças e jovens, onde as atividades como natação, futebol e andebol eram recorrentes.

“Este parque infantil era algo de glorioso para os pais  na medida em que prestou grande serviço aos pais e as crianças, e creio que o estado em que está o parque e mesmo o aspecto, trata-se de um aspecto que não se coaduna com a importância que  Alda Espírito Santo  teve enquanto escritora, política. [..] É urgente que ponhamos mão nisso.” referiu o presidente da UNEAS.

Albertino Bragança, diz que dedicar o mês da cultura e ter a preocupação com a conferência sobre a poetisa é insuficiente, pois o governo deve preocupar-se com a cultura e seus agentes na qual Alda Espírito Santo faz parte, tratando-se de uma das maiores figuras da cultura são-tomense. 

“Os maiores  valores da cultura são-tomense, tanto nos aspectos literários como nos aspectos musicais e outros, têm que ser atendidos e divulgados.” disse o escritor.

Albertino Bragança adiantou que a UNEAS vai propor ao Governo a elaboração e execução de um projeto para a recuperação do largo da Alda do Espírito Santo, o que admite poder servir de valia para a fomentação do turismo cultural, o legado da poetisa, a história do local, situado perto do jardim primeiro e a escola Dona Maria de Jesus, mãe de Alda do Espírito Santo.

“Se nós chegarmos a conclusão da importância verídica e efetiva deste projeto eu creio que não será muito difícil encetar atividades que poderão contribuir para a efetivação do projeto em causa […] nós podemos ter até o apoio de outras entidades particulares e estrangeiras”, sublinhou Albertino Bragança.

O mês de abril é considerado mês da cultura santomense por ser o mês em que nasceram várias figuras da cultura de São Tomé e Príncipe.

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