Príncipe celebra “com orgulho” os progressos alcançados em 30 anos a Autonomia Regional

A Ilha do Príncipe comemorou esta terça-feira, os 30 anos da sua autonomia conquistada em 1995, com a presença dos corpos diplomáticos acreditados no país. O ato também foi marcado com demonstrações das atividades culturais locais.

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O presidente do Governo Regional, Filipe Nascimento afirmou hoje que os naturais da ilha celebram “com orgulho os progressos” alcançados durante os 30 anos da Autonomia e pediu maior colaboração do Governo Central para superar os desafios que ainda persistem, incluindo mais garantias constitucionais.

Celebramos com orgulho os avanços alcançados, mas com honestidade, quem pode negar que persistem desafios profundos a enfrentar. A dupla insularidade e em certos domínios, uma verdadeira e tripla insularidade agravada pela ausência de políticas públicas estruturantes e pela exclusão da região, nas negociações nacionais chave continua a limitar o nosso potencial de desenvolvimento”, disse Filipe Nascimento, no seu discurso dos 30 anos da autonomia da Ilha do Príncipe.

Contudo é justo perguntar, tendo nós sido bons alunos, não será legitimo exigir uma mudança de paradigma? Temos resultados palpáveis na preservação da biodiversidade, nas políticas de sustentabilidade e na promoção de um turismo ecológico e responsável. Se temos sabido cumprir com responsabilidade que nos é exigida, não é legitimo reclamar mais partilha e inclusão enquanto parte integrante da nação?”, questionou.

Filipe Nascimento sugeriu ainda a criação de um pacto entre a região e a República, que permita enfrentar, de forma estruturada, os desafios da insularidade e consolidar a coesão nacional.

Neste pacto, a região pretende deixar de ser um agente passivo para assumir uma posição proativa e construtiva, contribuindo para um novo ciclo, superando a opacidade da atual constituição, a regulação das eleições regionais através da ainda as leis das autarquias e o modelo de transferência anuais de investimento que normalmente não ultrapassa sequer dos 10% do plafões escritos anualmente no Orçamento Geral do Estado”, sublinhou.

Por sua vez, o Presidente da República, Carlos Vila Nova que presidiu a cerimónia dos 30 anos da Autonomia da Ilha do Príncipe, destacou mais uma vez a criação de condições para que a autonomia regional seja robusta e efetiva.

É imperativo na prossecução de tal desiderato trabalhar no sentido de gerar uma autonomia sólida, robusta e que efetivamente esteja ao serviço dos reais interesses do Príncipe. Dentro de poderes e dos limites da atuação do Presidente da República, continuarei a advogar junto ao Governo, junto aos parceiros, no sentido de se encontrar soluções para as diversas necessidades e os diversos problemas que assolam a região”, defendeu o chefe de Estado.

A Ilha do Príncipe comemorou esta terça-feira, os 30 anos da sua autonomia conquistada em 1995, com a presença dos corpos diplomáticos acreditados no país. O ato também foi marcado com demonstrações das atividades culturais locais.

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