O Governo são-tomense, jovens e parceiros validaram na sexta-feira, 25, a Estratégia Nacional de Política para Juventude 2025-2030, um documento que retrata com realismo a situação atual da juventude são-tomense, elaborado com base numa auscultação ampla, profunda e inclusiva, envolvendo jovens de todos os distritos do país.
“Um documento que identifica com clareza os desafios, mas que também apresenta soluções concretas e possíveis, desde que haja vontade política e compromisso sério por parte do atual e dos futuros governos”, disse a presidente do Conselho Nacional da Juventude, Edneusa Joaquim.
“Nós vamos fiscalizar, vamos pressionar e advogar junto aos órgãos governamentais para que esta Estratégia seja implementada na prática, com planos de ação concretos e orçamentos dedicados”, alertou a líder do CNJ.
Edneusa Joaquim apelou ainda a “todas as organizações nacionais e internacionais que trabalham com e para a juventude, para que alinhem as suas ações com as recomendações aqui plasmadas, respeitando assim as verdadeiras necessidades dos jovens”.
O documento que tem sido elaborado já há algum tempo, foi abraçado pelo Ministério do Ambiente, Juventude e Turismo Sustentável, que apontou o investimento na melhoria das condições dos jovens como uma das prioridades do atual executivo.
“A elaboração da Estratégia Nacional de Política para a Juventude 2025-2030, em atualização à versão anterior, prioriza a consulta direta aos jovens, para que o documento reflita de facto a sua voz, suas necessidades e aspirações”, afirmou a ministra Nilda da Mata.
“Apelamos à juventude a levar a vossa voz a todos os espaços de diálogos e de decisão. São vocês os protagonistas, não apenas do futuro, mas do presente de São Tomé e Príncipe”, reforçou.
A elaboração da Estratégia Nacional de Política para Juventude 2025-2030 contou ainda com o apoio de vários parceiros, nomeadamente, o PNUD, UNICEF e a Cooperação Portuguesa, através do programa Mais Colabora.
“O lançamento desta estratégia exige determinação e merece de ser celebrado pela ousadia da sua missão, contribuir para a melhoria de condições de vida e do bem-estar dos jovens, transformando-os em cidadãos criativos, competentes e capazes de liderar o desenvolvimento do país”, sublinhou a representante adjunta do PNUD, Negar Arefi.
Por outro lado, a representante adjunta do UNICEF, Debora Nandja defendeu que “a nova estratégia é resultado de uma construção coletiva e multissectorial”.
“Tratou-se de um processo verdadeiramente participativo e reflexivo que incorpora vozes ativas dos próprios adolescentes e jovens, das suas comunidades de especialista e dos mais diversos parceiros institucionais diretos e transversais”, referiu.
Para a representante da Cooperação Portuguesa, Paula Pereira “os jovens de São Tomé e Príncipe são mais do que beneficiários, são atores centrais do desenvolvimento do processo de desenvolvimento sustentável do país”.
“Não apenas pelo seu grande número, mas sobretudo pelo seu potencial de inovação, criatividade e de mobilização social. Ao representarem uma parte significativa da população ativa, possuem a capacidade de impulsionar transformações sociais, económicas e ambientais profundas, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, mais inclusiva, mais equitativa e mais resiliente”, frisou Paula Pereira.
O workshop de validação da Estratégia Nacional de Política para Juventude 2025-2030, aconteceu no Centro de Formação Brasil – São Tomé e Príncipe.
