Troca da dívida pelo financiamento climático será aposta de São Tomé e Príncipe na COP 30

Durante sua participação no Fórum sobre Financiamento para o Desenvolvimento, em Nova Iorque, o ministro referiu acerca da relevância das ilhas de São Tomé e Príncipe na preservação do ecossistema e que o país tem dado muito ao mundo, entretanto, sem qualquer recompensa.

Ambiente -
Gareth Guadalupe-governo

São Tomé e Príncipe vai apelar à comunidade internacional para a adoção do mecanismo de troca da dívida pelo financiamento climático, um mecanismo inovador iniciado entre Portugal e Cabo Verde, para financiar  projetos sustentáveis e ambientais em países menos desenvolvidos, segundo o ministro do Estado, Economia e Finanças, Gareth Guadalupe.

Queremos que isso seja mais disseminado também ao nível dos países da CPLP  e não só como uma forma também de financiamento para o clima” disse Gareth Guadalupe.

 “[Podemos] fazer a troca da dívida pelo financiamento climático. Nós já temos essa experiência com Portugal, ainda é uma experiência piloto, pelo menos com São Tomé e Príncipe.[…] no fundo nós pagamos a Portugal. Só que o dinheiro retorna para São Tomé e Príncipe para financiar projetos de investimento ligados ao clima ou à proteção do meio ambiente“, explicou.

Gareth Guadalupe referiu que na realização da COP 30, uma das medidas a serem adotadas seja o perdão dos países desenvolvidos para com os em desenvolvimento, tendo como base a não adoção das medidas de financiamento para a mitigação e a adaptação às alterações climáticas anteriormente propostas no acordo de Paris.

Durante sua participação no Fórum sobre Financiamento para o Desenvolvimento, em Nova Iorque, o ministro referiu acerca da relevância das ilhas de São Tomé e Príncipe na preservação do ecossistema e que o país tem dado muito ao mundo, entretanto, sem qualquer recompensa.

“Somos um país, uma ilha pequena, mas que prestamos um grande serviço para o mundo no que tem a ver com a proteção dos ecossistemas. Toda a ilha do Príncipe é reserva da Biosfera e grande parte da ilha de São Tomé, que é a maior ilha, tem muitas reservas especiais. Nós estamos a fornecer serviços para o mundo todo, mas não estamos a ser devidamente compensados.” sublinhou 

De acordo com o ministro na causa desta desvalorização, estão as medidas atuais a nível mundial em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), pois na sequência da proteção do ecossistema tem se esquecido das pessoas que delas dependiam para sobreviver, pelo que se torna necessário, criar mecanismos e alternativas de rendimentos para as mesmas.

Em Nova Iorque, o ministro são-tomense participou de uma mesa redonda sobre mecanismos inovadores de finanças públicas, reuniu com subsecretários-gerais do Departamento Econômico e Social da ONU, DESA e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.

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