A Direção da Proteção Social, Solidariedade e Família (DPSSF), promoveu na segunda-feira, 19, um workshop com o objetivo de divulgar o papel crucial do técnico social, visando aumentar a consciência sobre a importância da sua atuação junto das comunidades e famílias, bem como, contribuir para a valorização desta classe profissional essencial e, reforçando ações para combater à pobreza em São Tomé e Príncipe.
A atividade que foi realizada no Instituto Guimarães Rosa, foi presidida pelo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Joucerli Tiny dos Ramos que destacou a importância dos técnicos sociais, apontando-os como “espinha dorsal das políticas de proteção social, e o elo vital entre o Estado e as famílias mais vulneráveis”.
“O seu trabalho incansável no terreno, a sua dedicação em apoiar, orientar e capacitar as comunidades, desde o acompanhamento do Programa Famílias Vulneráveis até a implementação do Programa de Educação Parental, é inestimável”, disse o ministro durante o seu discurso.
“Reconhecer e valorizar o seu papel é crucial para fortalecermos o nosso sistema de proteção social e construirmos uma sociedade mais justa e solidária para todos os são-tomenses“, acrescentou.

De acordo com uma nota de imprensa enviada à RSTP, a instituição garante que “tem intensificado suas políticas e programas com o objetivo primordial de prevenir, reduzir e eliminar as vulnerabilidades económicas e sociais que assolam a pobreza e a privação em São Tomé e Príncipe”.
“As transferências condicionadas para as famílias em situação de extrema pobreza têm sido um instrumento fundamental utilizado pela DPSSF para alcançar seus objetivos. Em paralelo, iniciativas como o Programa de Educação Parental (PEP) e o controlo da assiduidade escolar, enquanto condicionantes do Programa Famílias Vulneráveis (PFV), têm demonstrado um impacto positivo no aumento do capital humano, na promoção de práticas parentais saudáveis e no acesso a serviços essenciais como saúde primária, educação e registo civil”, refere a nota.
“A materialização destas políticas sociais é sustentada pelo Cadastro Social Único, uma base de dados crucial que regista informações socioeconómicas de mais de 8 mil agregados familiares pertencentes ao 1º e 2º quintil de pobreza, dos quais 5 mil estão integrados no PFV. A atuação da DPSSF não se limita a estas ações, estendendo-se ao acompanhamento de Organizações Não Governamentais (ONGs) e Instituições de acolhimento que operam na área social”, adiantou.

A DPSSF avançou ainda que “os dados do Inquérito sobre as Despesas e as Receitas Familiares (IOF) de 2017 revelam que 47% da população de São Tomé e Príncipe vive em extrema pobreza”.
“As Projeções Demográficas para 2035 indicam uma população de 197.700 habitantes, sublinhando a urgência de ações eficazes, dado que a despesa per capita de quase metade da população é inferior ao custo da cesta básica alimentar para suprir as necessidades calóricas mínimas”, diz a nota de imprensa.
“Em consonância com o Decreto-Lei 16/2018, o ´Regulamento de Proteção Social de Cidadania`, este segmento da população com as características socioeconómicas mencionadas é uma prioridade para a Direção de Proteção Social, que tem dedicado esforços significativos para mitigar esta situação”, assegurou.
A DPSSF reafirma o seu compromisso em continuar a implementar políticas e programas eficazes para combater a pobreza e a vulnerabilidade, contando com a dedicação dos seus técnicos sociais e a colaboração de todos os parceiros sociais.
