A Direção do Ambiente em colaboração com a Parceria das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), promoveu uma formação para capacitar os técnicos nacionais no uso da ferramentas de monitorização das metas NDC’s delineadas e alcançadas pelo país em diversos sectores.
A Parceria das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) é uma colaboração entre alguns países apoiados por diversos doadores que têm como objetivo a redução da emissão de gases com efeito de estufa.
Segundo o facilitador nacional da parceria NDC foi desenvolvido uma ferramenta que possa fazer o seguimento e a monitorização dessas ações previstas no âmbito das ações que são desenvolvidas ao nível do país e ao nível dos projetos que são financiados pelos parceiros.
“Monitorização das ações que contribuem para implementar as nossas NDCs até 2030. [..] Nós temos projetos que estão a ser desenvolvidos no âmbito das alterações climáticas que contribuem para a implementação das nossas NDCs”, disse Darnel Baía, facilitador nacional da parceria NDC.

Estas ferramentas poderão ser usadas para a implementação de novas ações e servir como uma abertura para novos financiamentos de algumas atividades identificadas em São Tomé e Príncipe que ainda não têm financiamento.
Darnel Baía, referiu que a ferramenta proporcionada nesta formação servirá de “mais valia” e irá ajudar a “mitigar os efeitos das mudanças climáticas”.
Para além de capacitar os técnicos nacionais, o uso destas ferramentas poderá também servir de ajuda na tomada de decisões em diversos sectores no país.
“Esta ferramenta demonstra como o país está ao nível de implementação das nossas metas, das nossas ambições, no que toca à redução das emissões dos gases de efeito de estufa e também no domínio da adaptação para nos dar uma ideia na tomada de decisão”, relatou a diretora do Ambiente e Ação C, Sulisa Quaresma.

A diretora explicou também que esta ferramenta ajudará na regulamentação de algumas ações do governo, nas quais “estão sobrepostas” e que foram geradas “por falta de informação e coordenação das instituições nacionais na área de ação climática” gerando assim “projetos com ações duplicadas”, o que tem causado uma perda para o país.
Sulisa Quaresma realçou que o país “não deve encarar as questões de mudanças climáticas como vítimas”, mas “aproveitar ao máximo e mobilizar recursos que estão disponíveis para que o país possa no foco de adaptação e mitigação desenvolver”.
“Temos que aproveitar sim as mudanças climáticas, a fragilidade, mas torná-la como oportunidade para que o país possa realmente se desenvolver, mas claro que deverá haver um reforço de capacidade de técnicos das instituições nacionais para que elas possam ter a capacidade de elaborar projetos, mobilizar recursos financeiros, para a implementação desse projeto”, citou a diretora.
A formação destina-se a todas as instituições ligadas a questões das mudanças climáticas, nomeadamente a direção das florestas, saúde, os sectores do ambiente, planeamento, finanças e pescas.