São-tomenses em Cabo Verde querem ligação aérea direta para São Tomé. Governo prometeu realizar

De acordo com a fonte “estima-se que estejam a viver atualmente em Cabo-Verde cerca de 650 cidadãos são-tomenses entre trabalhadores e estudantes e muitos deles com a dupla nacionalidade”.

Cabo Verde -
comunidade

A comunidade são-tomense residente em Cabo Verde mostrou-se preocupada com a falta de ligação aérea direta para São Tomé e a ausência de uma política para permitir a transferência de poupanças para o país. O primeiro-ministro, Américo Ramos prometeu “tudo fazer” para retomar a ligação aérea e destacou políticas de inclusão da diáspora.

As preocupações foram levantadas durante o encontro entre a comunidade são-tomense em Cabo Verde e o primeiro-ministro, Américo Ramos, na sexta-feira, 16 de maio, na cidade da Praia.

São Tomé e Cabo Verde não tem conexão marítima, nem aérea, temos que ir para São Tomé via Lisboa, que é um desperdício muito elevado“, disse o presidente da Associação dos São-tomenses em Cabo Verde, Heliday Cardoso, sendo uma reivindicação antiga que vários dirigentes de Cabo Verde e São Tomé prometeram resolver, mas sem sucesso até ao momento.

As dificuldades de renovação de passaportes e bilhetes de identidade, a obtenção de registos de nascimento e de outras certidões de identificação, são outras preocupações apontadas pelos cidadãos são-tomenses em Cabo Verde.

O primeiro-ministro durante o seu discurso, admitiu que “vários pedidos já foram feitos”, reconheceu as preocupações e a “necessidade de maior proximidade entre o Governo são-tomense com as comunidades na diáspora“.

Por isso, dentro daquilo que é o nosso programa, nós estamos a criar uma plataforma no sentido de trazer a diáspora são-tomense para participar no desenvolvimento de São Tomé e Príncipe. Resgatamos um documento que já está aprovado já há algum tempo, que é o estatuto de emigrante, um documento bastante claro, com instrumentos bastante importantes, que pode ser utilizado para permitir que a diáspora participe no desenvolvimento do país“, acrescentou Américo Ramos.

De acordo com a fonte do Governo “estima-se que estejam a viver atualmente em Cabo-Verde cerca de 650 cidadãos são-tomenses entre trabalhadores e estudantes e muitos deles com a dupla nacionalidade”.

Américo Ramos que se encontra em Cabo Verde desde a passada quarta-feira, 14, também reuniu-se com o seu homólogo Ulisses Correria e Silva, tendo ambos manifestado à vontade em reforçar a cooperação bilateral que se encontra “em curso”, bem como de uma concertação conjunta junto de parceiros multilateral, nomeadamente para o desenvolvimento da cooperação tripartida.

O chefe do Governo, no entanto, a saída do encontro com o seu homólogo cabo-verdiano, manifestou o desejo de retomar as ligações aéreas com Cabo Verde.

Já existia no passado essa conectividade, Luanda – São Tomé – Praia, e nós pensamos em tudo fazer para retomarmos essa ligação, porque ela para além de permitir a circulação de pessoas, também permite a circulação de bens, daí que há toda a necessidade de nós fazemos o trabalho politicamente no sentido de retomar esses voos“, declarou Ramos em declarações a imprensa cabo-verdiana.

O primeiro-ministro que regressou hoje a São Tomé, esteve em Cabo Verde para participar na reunião de Alto Nível dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento do Atlântico, Oceano Índico e Mar do Sul da China (SIDS – AIS), acompanhado da ministra de Estado, Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Ilza Amado Vaz.

Comentar
 

Comentários

ATENÇÃO: ESTE É UM ESPAÇO PÚBLICO E MODERADO. Não forneça os seus dados pessoais nem utilize linguagem imprópria.

Últimas

Topo