São Tomé e Príncipe compromete-se no desenvolvimento da economia azul com
o apoio da FAO e o financiamento do GCF

São Tomé e Príncipe reafirmou o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável da Economia Azul, integrando esta prioridade na sua visão nacional de desenvolvimento até 2030. O país está a implementar instrumentos estratégicos, como a Estratégia de Transição para a Economia Azul e o Plano de Investimento da Economia Azul, elaborados de forma participativa, com o objectivo de promover sectores-chave como a pesca sustentável, o turismo costeiro e as energias renováveis marinhas.

País -
AZUL-STP

A aposta na Economia Azul surge como resposta directa aos impactos das alterações climáticas, que afectam de forma particular os países insulares. São Tomé e Príncipe enfrenta desafios como a elevação do nível do mar, a erosão costeira e a acidificação dos oceanos, fenómenos que ameaçam a subsistência de milhares de famílias que dependem da pesca artesanal e das actividades costeiras.

Com o apoio técnico da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o financiamento do Fundo Verde para o Clima (GCF), o país está a reforçar a sua capacidade de planear e implementar acções de financiamento climático através do programa Readiness, liderado pelo Ministério da Economia e Finanças, Autoridade Nacional Designada para o GCF.

Neste contexto, teve lugar recentemente em São Tomé um workshop multissetorial sob o lema “Acelerar o financiamento climático para a economia azul de STP”, que reuniu mais de 15 entidades públicas. A iniciativa teve como objectivo reforçar as capacidades técnicas nacionais e identificar medidas concretas para melhorar o acesso aos recursos do Fundo Verde para o Clima.

Na cerimónia de abertura, Helmute Barreto, Director Nacional do Planeamento, afirmou que “os desafios impostos pelas alterações climáticas exigem respostas urgentes e transformações estruturais”, acrescentando que, “como país insular, São Tomé e Príncipe está na linha da frente da vulnerabilidade climática” e que a Economia Azul representa “um dos caminhos mais promissores” para o futuro.

Também presente no encontro, Armando Monteiro, em representação da FAO, sublinhou que a economia azul possui um “potencial transformador imenso”, destacando a riqueza da Zona Económica Exclusiva do país, a biodiversidade marinha e a forte ligação cultural ao mar como factores-chave para um modelo de desenvolvimento mais resiliente e inclusivo.

O projecto em curso visa, além da capacitação institucional, apoiar a criação de quadros estratégicos de investimento climático e acelerar o processo de acreditação junto ao GCF, com foco nos sectores da pesca e do turismo, que são pilares fundamentais da economia costeira de São Tomé e Príncipe.

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