Sidi Ould Tah eleito novo Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento

O economista mauritano Sidi Ould Tah foi eleito novo Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), tornando-se o nono dirigente da instituição financeira pan-africana. A decisão foi tomada pelos Governadores do Banco, compostos pelos ministros das Finanças, da Economia ou pelos Governadores dos Bancos Centrais dos 81 países membros regionais e não regionais da instituição. O Presidente eleito tomará posse a 1 de setembro de 2025, sucedendo a Akinwumi Adesina, que encerra o seu segundo mandato.

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Com mais de 35 anos de experiência no sector financeiro africano e internacional, Sidi Ould Tah tem um percurso notável na liderança de instituições multilaterais e na implementação de reformas económicas estruturais no continente africano. Entre 2015 e 2025, presidiu o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA), onde conduziu um processo profundo de transformação institucional.

Durante o seu mandato no BADEA, Sidi Ould Tah quadruplicou o balanço financeiro da instituição, obteve uma classificação AAA e posicionou o banco entre os mais bem avaliados em África no campo do desenvolvimento. O seu trabalho incluiu a criação de um programa de capital acionável no valor de mil milhões de dólares para reforçar os bancos multilaterais de desenvolvimento africanos.

Antes da liderança do BADEA, desempenhou funções como Ministro da Economia e das Finanças da Mauritânia, além de ter ocupado cargos de destaque em organizações multilaterais, onde liderou iniciativas de resposta a crises, reformas financeiras e estratégias inovadoras de mobilização de recursos para o desenvolvimento.

A sua eleição ocorre num contexto em que o Banco Africano de Desenvolvimento procura consolidar a sua posição como principal motor de investimento em infraestruturas, industrialização e transição energética no continente africano. O seu perfil técnico e diplomático, aliado a um histórico de resultados concretos, foi determinante para a confiança dos países membros.

O novo Presidente assume um mandato de cinco anos e terá como missão liderar a instituição num período decisivo para o futuro económico do continente, marcado por desafios como o crescimento sustentável, a adaptação às mudanças climáticas e o reforço da integração regional.

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