O Presidente da República, Carlos Vila Nova apresentou na quinta-feira, 29, nas Nações Unidas, a nova Estratégia Nacional de Prevenção de Conflitos em São Tomé e Príncipe, durante a reunião da Comissão da Consolidação da Paz das ONU (PBF) que decorre em Nova Iorque, EUA, onde o chefe de Estado participa como convidado.
No documento, segundo uma publicação feita na página da Presidência da República, Vila Nova afirmou “o empenho do país na reforma e profissionalização dos setores da justiça e da segurança como pilares essenciais para a consolidação da paz e o fortalecimento do Estado de direito”.
“Nesta sua intervenção na reunião da Comissão da Consolidação da Paz das Nações Unidas o Chefe de Estado sublinha o compromisso de São Tomé e Príncipe com a boa governação, os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável”, lê-se na publicação.
Dia antes de discursar na reunião, em Nova Iorque, Carlos Vila Nova, em entrevista concedida a ONU News, defendeu que “a paz é um esforço coletivo e deve ser construída e solidificada em parceria com toda a sociedade” e ressaltou o investimento “em mais mulheres nas Forças Armadas e mais diálogo com a sociedade civil incluindo, jovens e o segmento militar”.
“Isso passa pelos setores da segurança, pelos setores das forças, passa pela sociedade civil, passa por uma melhor interação com a sociedade civil. Empoderamentos das mulheres e dos jovens. Não nos esqueçamos que estou a presidir um país em que quase metade da população tem menos de 18 anos”, disse o Presidente.
“O que é preciso reconhecer é que as mulheres vão mais aos detalhes que os homens. Isto é importante. Hoje, já temos umas Forças Armadas com mulheres oficiais, com um percurso feito. Mas precisamos que esse alargamento seja feito. E precisamos sobretudo que haja mais diálogo nas Forças, na sociedade civil e em toda a sociedade porque é através do diálogo que nós conseguimos prevenir os conflitos”, defendeu.
Contudo, para materializar a nova Estratégia Nacional de Prevenção de Conflitos, Carlos Vila Nova conta com o apoio das Nações Unidas, da CEEAC, do Fundo para a Consolidação da Paz e de parceiros internacionais.
“Através dela [Estratégia Nacional de Prevenção de Conflitos] trazermos e expormos o que é a situação real, o que nós pensamos fazer para prevenir e com o que vamos poder contar com a Comissão da Construção da Paz, baseada aqui nas Nações Unidas para nos ajudar a implementar essa estratégia, portanto, esta é a principal mensagem que me traz cá”, precisou.
A Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas é um órgão consultivo e conta com 31 nações que apoia a agenda de paz em contextos de conflito e pós-conflito. São Tomé e Príncipe é membro desta comissão desde 2023, um ano depois da alegada tentativa de Golpe de Estado declarada pelas autoridades são-tomenses na altura, em que vitimou 4 mortes no quartel do Morro.
