A Associação STP-PORTUGAL (SANTUGA), quer unir a comunidade lusófona em Portugal, com intuito de defender e promover os direitos e interesses dos imigrantes e seus descendentes em tudo quanto respeite à sua valorização, de modo a permitir a sua plena integração e inserção.
A organização social sem fins lucrativos criada em 14 de março de 2024, surgiu durante uma conversa entre o presidente da organização, Pedro Vilar e um amigo são-tomense, nos quais buscavam uma identidade que ligasse e transmitisse a afinidade existente entre os dois povos.
SANTUGA formou-se da junção do “SAN” proveniente da palavra “SANTOLA”, nome usado para apelidar os são-tomenses e “TUGA” nome usado para apelidar os Portugueses.
“[A Santuga] é para todos. Temos tido uma presença muito ativa de estudantes porque estão muitos estudantes São-tomenses em Portugal e portanto precisam de ajuda. As pessoas chegam aqui e sentem-se um pouco perdidas, um pouco desorientadas e nossa função aqui é tentar enquadrá-las, tentar ajudá-las”, sublinhou o presidente da SANTUGA, Pedro Vilar, em entrevista à RSTP.

A organização tem como um dos seus princípios a solidariedade, o apoio aos imigrantes e suas familias e cinge-se no respeito, pela cultura da diversidade intercultural, entre-ajuda, solidariedade e prevenção de todas as formas de discriminação racial.
“Nós só conseguimos construir inclusão, e inclusão é fundamental para que haja a integração se nós aprendemos com a diferença que há entre nós e os outros” , citou Pedro.
Com o fluxo de imigração nos últimos anos, tem se observado por parte de muitos recém chegados em Portugal uma falta de preparo para lidar com os desafios nos quais são recorrentes na imigração.
Pedro Vilar, que tem lidado com muitos desses casos, sublinhou que tem presenciado sérios problemas da comunidade são-tomense em Portugal e que “custa muito”, pois o mesmo carece de total capacidade de apoio para tanta demanda, e face ao grande êxodo de muitos São-tomenses para Portugal, principalmente jovens.
“Eu sou daquele tipo de pessoa que pensa que nós deveríamos preparar as pessoas, dar-lhes conhecimento, dar-lhes formação para elas ficarem e investirem em São Tomé”, disse.
Face a tantos desafios, a associação tem desempenhado ao longo do tempo da sua criação meios para unir e comunicar-se com os são-tomenses na diáspora.
SANTUGA conta com a sua sede na cidade do Porto e um pequeno grupo de jovens em São Tomé, designados por “Juventude Santola”. A organização tem manifestado o seu interesse na promoção da educação, cultura e na congregação da comunidade lusófona.