O Presidente da República, Carlos Vila Nova, fez abertura das atividades dos 50 anos da independência nacional, e defendeu que é preciso pensar e apostar na unidade, disciplina e trabalho para alcançar o desenvolvimento que admitiu ainda não ter sido alcançado durante meio século.
“Fechamos um período de 50 anos. Não nos podemos concentrar apenas naquilo que foi o percurso até aqui. Muitas coisas boas foram feitas e há coisas menos boas que foram feitas, mas é preciso doravante pensarmos no futuro que queremos para São Tomé e Príncipe”, destacou o Presidente.
Carlos Vila Nova defendeu ainda o empenho de todos para caminhar “em harmonia e solidariedade” para a construção de um “país de rendimento médio em desenvolvimento”.
“Olhar para o futuro para evoluir, para progredir, para ter melhorias sociais e económica que possam dignificar todos os são-tomenses e todos aqueles que connosco partilham o dia a dia”, defendeu.
Durante a cerimónia, o presidente sublinhou que é necessário que haja um pensamento “virado para o futuro” e não limitar-se “apenas a vivenciar o passado“.
“Vamos fazer dele um passado heróico, um passado histórico, vamos olhar para frente, vamos almejar e sermos ambiciosos, termos um futuro que sempre almejamos e não conseguimos até agora, vamos lutar por ele. Mas, esse futuro não se faz sem unidade, sem disciplina e sem trabalho”, sublinhou Carlos Vila Nova.
O Presidente da República ressaltou a responsabilidade em todas as áreas de atuação no país e o uso do poder crítico e da liberdade de expressão como uma arma para a construção do país fortalecendo a democracia.
“Nós precisamos trabalhar mais e melhor”, sublinhou Carlos Vila Nova.
Filipe Nascimento, presidente do Governo Regional sublinhou que é com “grande júbilo e de grande satisfação” a realização da cerimónia da abertura dos 50 anos de independência nacional na Região Autónoma.
“Esperamos que outros 50 anos que venham sejam de prosperidade, inclusão e acima de tudo da felicidade de todo o povo de são-tomense residente no país e na diáspora”, citou.
Filipe Nascimento salientou sobre também a importância de trabalhar por um país “mais unido e coeso e que ninguém fique de fora”.
A independência de São Tomé e Príncipe teve lugar a 12 de julho de 1975, marcando o fim de mais de cinco séculos de domínio colonial português.
O arquipélago foi colonizado por Portugal a partir de finais do séc. XV e inícios do séc. XVI, tendo o processo de descolonização sido iniciado após a Revolução dos Cravos, em Portugal, em abril de 1974, a qual abriu caminho para a autodeterminação das ex-colónias africanas lusófonas.
A celebração dos 50 anos de independência irá decorrer em todo o país, com a Chama da Pátria que irá percorrer pelo território nacional, levando 4 dias de festa a cada distrito.