O arquivo histórico acolheu na passada sexta–feira, 13, uma palestra sobre a vida do escritor Marcelo da Veiga onde reuniu estudantes universitários e do Liceu Nacional. A atividade insere-se nos programas da celebração dos 50 anos de independência e teve em vista incentivar e promover o conhecimento dos estudantes acerca desta figura da literatura são-tomense.
“Nós estamos a comemorar os 50 anos de independência de São Tomé e Príncipe e estamos a homenagear pessoas, ou os intelectuais, artistas que fazem parte deste percurso histórico do país”, citou a diretora da Biblioteca Nacional, Marlene José.
O processo da conquista pela independência dos países africanos foi marcado por figuras e entidades que contribuíram em várias áreas. Esta palestra intentou levar aos estudantes o conhecimento destas figuras que de acordo com Hemir Boa Morte, diretor da cultura “estavam esquecidas”.

“Há algumas figuras que precisam ser ressaltadas. Elas estavam negligenciadas, ninguém as conhecia, nem tão pouco a classe juvenil atualmente conhece. Então, o objectivo é demonstrar e mostrar a esta juventude que antes dele, existiam figuras no nosso nacionalismo e pessoalmente na nossa literatura africana”, citou.
Marcelo da Veiga, nasceu na ilha do Príncipe em 1892, tendo falecido no ano de 1976. Apesar de ter sido eternizado na memória cultural com um cinema que leva o seu nome, a história desta figura da literatura são-tomense é desconhecida por muitos.
“Eu aprendi muita coisa que não sabia. [..] Estamos a falar sobre Marcelo da Veiga, que foi um escritor da ilha do Príncipe. Ele lutou pela independência e foi morto em Angola”, Cleide Vila Nova, estudante.
A diretora do Biblioteca Nacional, refere que “tudo deve ser uma construção”, para conseguir engajar os alunos a aderirem a essas atividades e ganharem o interesse.

“Nós vamos fazendo poucas atividades no sentido de fazer com que os alunos se sintam atraídos pelas questões culturais do país. Eu acredito que estas atividades têm trazido benefícios a estes alunos”, ressaltou.
Os estudantes esperam que mais atividades como essas possam surgir e apelam e apelam aos colegas que se envolvam e busquem desenvolver a cultura da leitura como um meio para a aprendizagem.
“ [Aconselho] a virem a biblioteca nacional lerem mais livros para saberem mais acerca da história de São Tomé e Príncipe e outros países”, disse Cleide Vila Nova, estudante.
Esta atividade insere-se no programa dos 50 anos de independência que teve a sua abertura na ilha do Príncipe, com celebrações e actividades que irão decorrer por todo o país.
Arquivo histórico, na promoção do conhecimento e da cultura.