Cleiton Gonçalves, pai de Cleiton Júnior, de apenas 3 anos de idade, residentes na Região Autónoma do Príncipe, veio a público expressar a sua profunda preocupação com a situação de saúde do filho e denunciar a inação das autoridades de saúde em São Tomé na solicitação de uma junta médica para o tratamento da saúde do seu filho em Portugal.
A criança está à espera de uma junta médica há mais de seis meses, enquanto lida com uma condição grave: um coágulo no cérebro que tem provocado crises frequentes, paragens cerebrais e atrasos no seu desenvolvimento.
“Vivemos de comprimidos. O meu filho está a sofrer e dizem que não há hospital disponível para marcar uma consulta”, relata o pai.

“Já pedi férias do trabalho para ajudar a mãe a cuidar dele. Estamos desesperados.”
Os médicos que acompanham o caso confirmam a urgência, mas a resposta institucional tem sido o silêncio.
Segundo Cleiton Gonçalves, apesar de várias tentativas, até o momento nenhuma solução foi apresentada pelas autoridades competentes. A falta de vaga para marcação de consulta agrava ainda mais a situação.
“Sou contribuinte. Pago os meus impostos desde que comecei a trabalhar. Espero que o Estado intervenha. E se fosse filho de alguém que trata da junta médica? De certeza, nesta hora já estaria resolvido”, desabafa.
O caso levanta questões sobre equidade no acesso à saúde pública e expõe falhas no sistema de marcação de juntas médicas, sobretudo quando envolvem crianças com patologias urgentes.
A família apela por uma solução imediata, para que o tratamento adequado seja iniciado antes que a situação se agrave ainda mais.