O navio Fragata Defensora da Marinha do Brasil atracou nas águas de São Tomé e Príncipe pela quarta vez, no âmbito da Operação Guinex V, uma iniciativa brasileira voltada para o fortalecimento da segurança marítima no Golfo da Guiné e, entregou cerca de 7 toneladas de donativos destinados as instituições de caráter social no país.
A ação que faz parte da cooperação internacional do Atlântico Sul, encontra-se na sua quinta edição.
“É uma operação da marinha do Brasil nos países do Golfo da Guiné e, além dos objetivos estritamente de seguranças e militares dessa operação, ela também tem um lado humanitário”, disse o embaixador do Brasil em São Tomé e Príncipe, Luiz Dalcero.
“A presença do navio aqui é o exemplo concreto também da cooperação Brasil-São Tomé e Príncipe no amito da ZOPACAE – Zona de Paz e Cooperação no Atlântico Sul, que no próximo ano completará 40 anos. É muito importante essa iniciativa, principalmente no mundo que estamos vivendo”, acrescentou o diplomata.
Simulações de combate à pirataria, abordagens e inspeções em navios, oficinas sobre combate à pesca ilegal e capacitações em procedimentos operacionais marítimos, são algumas atividades que constam na agenda da Marinha Brasileira em São Tomé e Príncipe.
“Nós estamos aqui numa tripulação com pessoal altamente capacitado, e, então, um dos nossos intuitos para contribuir para a segurança marítima é justamente dividir as nossas experiências com a Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe”, precisou o responsável da Operação Guinex, Almirante António Braz.
Durante a operação conjunta, foram entregues cerca de 7 toneladas de materiais, uma doação proveniente de instituições de caridade da igreja católica do Brasil, às instituições de carater social de STP.
Dentre os donativos, destacam-se medicamentos, roupas, sapatos, materiais escolares, alimentos não perecíveis, entre outros.
“A nossa organização trabalha com projetos na área da educação e da saúde, então, 90% do que está ali [donativos] são géneros tanto para a educação tanto para a saúde. Então, desde escolas, projetos que nós desenvolvemos, jardins de infância, até a Ilha do Príncipe, nós conseguimos um consultório deontológico para chegar a Região Autónoma, então, é um conjunto de várias ações que vão chegar em vários destinos diferentes”, disse o Missionário da Mocidade Para Cristo, Yata Lima, uma das instituições representantes da igreja católica do Brasil em São Tomé e Príncipe.
“Por exemplo, dando materiais escolares, nós devemos alcançar aí uma média de 800 estudantes carenciados no início do ano letivo com kit escolar. E para o tratamento de feridas, especialmente, nós temos um projeto, garantidamente um ano, para esse fim”, adiantou.
A Diocese de São Tomé e Príncipe, foi uma das beneficiarias destes donativos e, segundo o seu representante, os materiais chegam em boa hora.
“A maioria das coisas que vieram foram alimentos, então, vão ser destinados as famílias mais carenciadas […] em várias zonas aqui de São Tomé”, afirmou o representante da Diocese são-tomense, Padre Onildo
Após os exercícios em São Tomé e Príncipe, a Operação Guinex V seguiu para Abidjan, na Costa do Marfim, antes de retornar ao Brasil.