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Incêndio destrói duas casas em Praia Cruz e bombeiros são agredidos pela população

Incêndio

Duas casas foram reduzidas a cinzas na noite de quarta-feira, 18, na localidade de Praia Cruz e deixou várias famílias ao relento, numa noite de grandes tensões onde alguns agentes dos bombeiros foram agredidos pela população local, que ficaram desconformados com a chegada tardia dos mesmos para combater o fogo.

Perdi tudo, materiais escolares e a prova já começou e eu não tenho nada que possa me ajudar a fazer o teste”, declarou um dos jovens sinistrados.

Segundo uma das testemunhas, as chamas terão iniciado por volta das 18h50m.

Eu estava em casa e ouvi [as pessoas a gritarem fogo] e quando eu e meu neto saímos, encontramos o fogo de uma forma terrível que não dava para ninguém mais aproximar”, contou uma das testemunhas em declarações a Televisão nacional.

A situação tornou-se mais complicada quando os agentes da paz apareceram no local para combater o fogo e foram agredidos pela população.

Ao chegarmos no local fomos já recebidos com pedradas, mas mesmo com essa insistência o comandante da guarda, neste caso que era o chefe da operação no momento decidiu mesmo entrar com a viatura, ao entrar, começou a pôr meios em ação, mas mesmo assim começaram com agressão”, relatou o comissário do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros, Leonildo Neto.

Houve colega que foi empurrado e acabou por desmaiar, tinha que ir ao hospital, depois outros dois colegas também foram espancados, com soco, pontapé e, para se defender, um deles tinha que recorrer ao carro”, acrescentou.

Através de um comunicado partilhado esta quinta-feira, 19, o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros condenou de forma veemente os atos de agressão perpetrados contra os seus agentes no exercício das suas funções.

Segundo a nota publicada pela TVS “os profissionais ao responderem ao alerta de incêndio, colocaram-se ao serviço da população, arriscando a própria vida para garantir a segurança de pessoas e bens, pese embora a inexistência de condições necessárias para o exercício das suas funções”.

Os bombeiros lamentaram também, que no decurso da operação “os agentes foram alvos de agressões físicas e verbais, num comportamento inaceitável que põe em causa não apenas a integridade dos agentes, mas também o bom funcionamento dos serviços de emergência em São Tomé e Príncipe.

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