O primeiro-ministro e chefe do governo, Américo Ramos, recorreu a financiamento internacional para São Tomé e Príncipe, na sua participação no Fórum de Desenvolvimento do Fundo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), enquanto discursava sobre “soluções de escala para países vulneráveis”, em Viena, Áustria.
Durante o seu discurso nesta terça-feira, 17, Américo Ramos, sublinhou acerca dos desafios nos quais os pequenos estados insulares enfrentam para a obtenção de financiamento.
“Tal como outras nações insulares, deparamo-nos com problemas para conseguir financiamento, desenvolver uma economia mais diversificada e construir infraestruturas mais fortes”, disse o primeiro ministro, citado pelo jornal económico.
O primeiro-ministro sublinhou sobre a necessidade de tornar o acesso ao financiamento “mais justo, fácil e mais adequado à realidade de países” .
Américo Ramos ressaltou sobre as oportunidades emergentes nos setores da energia, agronegócio, ecoturismo e serviços digitais, e deixou uma petição a investidores, empreendedores e parceiros de desenvolvimento para considerarem São Tomé e Príncipe como destino de negócio.

“São Tomé e Príncipe oferece estabilidade, beleza natural, uma posição estratégica no Golfo da Guiné e um governo completamente comprometido para reformar. A nossa voz pode vir de uma ilha pequena, mas fala por milhões que vivem com os mesmos riscos e esperanças”, sublinhou Américo Ramos, citado pelo jornal económico.
O chefe do governo enumerou as diversas áreas de intervenção prioritária, ressaltando a modernização do Aeroporto Internacional de São Tomé e Príncipe, o desenvolvimento e a expansão das infraestruturas do porto e a construção de um novo hospital nacional “mais moderno e resiliente”.
“Acreditamos que o apoio global e investimento responsável são a chave para resolver os desafios que todos partilhamos, especialmente as pequenas nações insulares. É preciso mudar e melhorar a forma como a cooperação internacional funciona”, explicou o ministro, citado pelo jornal económico.
A questão da transição energética foi também um dos pontos citados pelo primeiro-ministro que referiu ser “o plano nacional para alcançar 100% de acesso à eletricidade até 2030”, por meio de energias limpas.
O Fundo para o Desenvolvimento Internacional da OPEP reuniu cerca de 700 participantes num evento dedicado ao tema “Uma Transição que Capacite o Nosso Amanhã”.