Mãe denuncia “lavagem cerebral” da sua filha menor em seita religiosa “Célula de Cristo”

A mãe acredita que a sua filha tem sido alvo de um esquema religioso.

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A cidadã são-tomense Celma Afonso denunciou que a sua filha de 17 anos, estudante em Portugal, tem sofrido perturbação mental após se envolver numa seita religiosa, de cariz “virtual” denominada “Célula de Cristo” e apelou a intervenção urgente das autoridades nacionais para resolver a situação.

Segundo a mãe que se encontra em desespero, o pastor desta seita, de nacionalidade são-tomense, fez uma “lavagem cerebral” na sua filha e a tem perseguido já há vários meses.

Ela entrou uma seita em novembro, diz-se ´Célula de Cristo`, onde o pastor é Wuiller Fonseca e fez uma lavagem cerebral sobre a minha filha. Pastor é são-tomense e está ali [em Portugal]. Eu falei com a minha filha a tarde de segunda-feira, e ela disse que não sabe o que ela está a fazer. Ela está toda perturbada, está toda descontrolada”, relatou a mãe.

De acordo com a mãe, a situação tem influenciado no desempenho escolar da menina, que corre risco de ser deportada para São Tomé.

A escola viu a maneira que a menina está perturbada, é uma aluna inteligente, chegou lá e estava tudo bem, uma menina meiga, sempre estudou bem, sempre esteve aqui [em São Tomé] como uma aluna normal e chegou ali [em Portugal], e de janeiro para cá, a menina começou a estar perturbada, já não assiste as aulas como deve ser, dorme na sala […] já não come”, referiu Celma Afonso.

Na escola, a menina começou a revoltar com os colegas a dizer que se não entrarem na seita dela ela vai fazer várias ameaças e próprio o pastor já ameaçou os alunos”, acrescentou.

A mãe acredita que a sua filha tem sido alvo de um esquema religioso.

Ela foi convidada por uma amiga chamada Sara que está aqui em São Tomé no momento e segundo a escola, é essa menina que dá o pastor o número de outras meninas adolescentes que saem de São Tomé. E é só adolescente que ele faz isso”, relatou a mãe em desespero.

A própria escola já não sabe como proteger a menina. Já fizeram queixa ali, mas segundo as autoridades portuguesas, não há uma agressão física, não há nenhuma prova, se não for só o telemóvel que o pastor foi dar a menina, porque nós retiramos o computador, retiramos telemóvel da menina, e ainda assim o pastor fez questão de ir à escola e dar a menina um telemóvel novo e dinheiro para ela, caso não conseguir falar com ele, para ela ir a cabine e ligar”, adiantou.

Em desespero, Celma Afonso lançou um apelo urgente para as autoridades competentes agirem rapidamente.

Eu vim a procura de solução, porque eu já bati várias portas e, já não sei o que posso fazer, não sei aonde posso ir, não sei aonde posso recorrer [para resolver] a situação da minha filha”, sublinhou.

Contactado pela Televisão Santomense, o pastor Wuiller Fonseca rejeitou todas as acusações da mãe da menor de 17 anos e disse que “este caso precisa ser esclarecido” ao público.

Nós precisamos entrar em contacto com a menina, entrar em contacto com as pessoas da igreja também que conhece ela de modo a esclarecer a situação, não é pegar a denúncia e estar a denigrir a imagem da pessoa que é inocente”, disse o pastor em declarações à TVS.

Só porque temos casos de violação de menor e tudo mais, as pessoas pegam um conjunto de situação e já começa a misturar e acusar as pessoas que são inocentes. Então, eu peço a população são-tomense que procurem-se informar das coisas primeiramente, depois para fazerem julgamento sobre essas coisas”, acrescentou.

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