Os desafios no percurso da vida estudantil

As jovens entendem que, apesar dos desafios enfrentados no país, é preciso que a juventude assuma o seu lugar e contribua para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe.

Juventude -
Rádio Somos Todos Primos

Denise e Neuza Afonso, jovens estudantes do Reino de Marrocos e da Escola Portuguesa de São Tomé e Príncipe, respectivamente, descrevem como tem sido o percurso estudantil, os desafios encontrados no país e como os jovens podem acreditar no progresso e na mudança de São Tomé e Príncipe.

São anualmente diversos jovens estudantes que escolhem seguir a vida académica fora do país, com a possibilidade de não apenas aprimorar seus conhecimentos, mas também, conhecer novas culturas. Denise Afonso, estudante no reino de Marrocos, conta a sua experiência enquanto estudante.

“Para mim, a maior dificuldade no início foi a língua. […] Para que eu me tornasse fluente no francês demorei cerca de um ano, claro que com os meses fui aprimorando. Fui enviada sozinha para uma vila onde ninguém falava Português, então acredito que adaptação a nível da língua foi mais fácil”, citou a jovem, em entrevista à RSTP.

Para além da diferença cultural e linguística,  a jovem sublinhou que a dificuldade financeira, pode surgir como a maior entrave na vida dos estudantes.

“É muito mais além da cultura e da língua, é muito mais além disso. É um país que tens que estar determinado, consciente daquilo que queres, mas tens que estar ciente que tens que ter uma ajuda da tua família. Tudo bem que temos bolsa de Marrocos e de vez em quando a bolsa de São Tomé, mas acaba por não ser suficiente”, disse.

Após mais de dois anos no exterior, a estudante, diz observar com alegria as pequenas mudanças, contudo, refere que há ainda muito a se fazer.

“Espero que depois desta festa de 50 anos de independência o país voe. O país precisa melhorar um pouco a nível de infraestrutura. Acho que aqui também tem muito pouco passatempo, é preciso criar mais passatempos para crianças, jovens, adultos e empregos também. Eu quero muito ter a oportunidade de ter um emprego na minha área aqui em São Tomé”, referiu.

As jovens entendem que, apesar dos desafios enfrentados no país, é preciso que a juventude assuma o seu lugar e contribua para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe.

“O governo deve fazer a sua parte, mas, também devemos contribuir acreditando e incentivando também de uma certa forma a mudança do nosso país, não fazendo como muitos a estão a fazer. […] Não desistindo do país, mas cada um deve contribuir da sua forma, trabalhando”, firmou.

Últimas

Topo