O fotógrafo e geógrafo português, João Simões apresentou em São Tomé uma exposição denominada “Peixes-Voadores e Ossobôs”, uma crónica que se assume como um instrumento visual que documenta o estado-da-arte, em 2025, de um país que, limitado no espaço, vem de longe no tempo.
“Isto no fundo é uma espécie de diário da minha presença aqui em São Tomé, estou cá desde Agosto e achei que precisava de estruturar a quantidade estímulos visuais que eu ia vendo a medida que eu ia percorrendo a ilha e conhecendo outras pessoas“, disse o autor da exposição.
“Isso foi um momento de registo, um momento da exposição e o pensar da exposição desta forma tem a ver um bocadinho com contribuir para contrariar aquela forma de conseguir fotografia que é passar o dedo no Instagram e mostrar ou retomar o hábito de ver fotografia em papel e em grande plano e associar também ao conceito de slow-fotos, fotografia lenta e ver as coisas com mais detalhes e com mais atenção“, acrescentou Simões.
A exposição que aconteceu no Centro Cultural Português, reuniu diversos amantes da fotografia.
“Eu realmente gostei muito da exposição. Eu achei que o senhor João com um olhar de um estrangeiro conseguiu captar muito bem a realidade e o quotidiano da vida são-tomense, desde a natureza, do cansaço”, declarou uma das visitantes, Nádia Bragança.

António Silva, um dos turistas, também visitou a exposição e considerou bastante fortes e elucidativas, as imagens que retratam a realidade são-tomense.
“O difícil é selecionar [uma imagem], não sei como ele conseguiu selecionar todas estas imagens. [As fotografias aqui expostas] retratam a realidade desse povo, muita alegria, muita vida”, disse Silva.
