Mousa Halawi nasceu no Líbano, onde viveu até os 18 anos, e depois migrou para São Tomé e Príncipe, país que considera ser a sua segunda terra, onde tem trabalhado e investido como empreendedor, e promovido os valores culturais do país através da arte musical cantada sobretudo em língua nacional.
“Já sou casado aqui, meu filho também é de São Tomé. Tanto no meu caso, como no caso de muitos que estão enquadrados aqui, não posso dizer que eles são só libaneses. […] Somos libaneses são-tomenses”, disse Mousa em entrevista à RSTP.
A comunidade libanesa tem tido uma presença acentuada no país, e desempenham atividades económicas empresariais em diversos setores como na área de materiais de construção civil, tintas e agricultura.
“Estamos a focar no nosso trabalho para sempre ter o melhor”, disse.
No entanto, Mousa aponta algumas limitações existentes em São Tomé e Príncipe, apesar do muito que o país tem a oferecer.
“Nós falamos com quem vem de férias, notas a felicidade no rosto deles. [..] Quando viajo por exemplo para Angola e Gabão, chegas lá e encontras estradas, edifícios, prédios e aqui não encontras, por quê? O que está a nos faltar? Trabalho? Não somos burros, trabalhamos. Ideias? temos ideias. Nos falta coragem, decisão e foco no trabalho”, explicou.
Mousa para além de empresário é cantor e tem adotado muito da cultura são-tomense em suas músicas e fez parcerias musicais com grandes nomes da música e cultura de São Tomé e Príncipe como Leo Boca Copo, Sebastiana e Igreja Matinal.
“Eu comecei a tocar para uma banda militar, tocar trompete, tambor. Então, comecei a aproximar ao djambi para ver como eles tocam tambor e comecei a tocar com eles, e pronto. E comecei a fazer música e estou aqui a trabalhar, graças ao povo que me abraçou e sempre me deram ideias”, citou.