O problema de gravidez precoce “tem sido visível” nos corredores do Liceu Nacional, apesar de palestras de sensibilização realizadas na escola e os métodos contraceptivos existentes, segundo a presidente da Associação dos Estudantes, que defendeu a necessidade de reforçar estas ações e ajudar as raparigas.
“Antigamente eu não via assim tanto aquele problema de gravidez, mas, hoje em dia eu comecei a notar que foi aumentando porque era visível. Passávamos encontrávamos alunas grávidas tanto no andar de baixo como no andar de cima. Se antes não era notável e agora é, significa que aumentou muito”, disse Gilmaura Oliveira, em entrevista à RSTP.
A gravidez precoce tem sido um problema recorrente em São Tomé e Príncipe ao longo dos anos afetando também as adolescentes em idade escolar, como no Liceu Nacional Marina de Sousa, o maior do país.
A presidente da Associação defendeu que, apesar das sucessivas palestras e campanhas de conscientização que têm sido realizadas, é importante reforçar os alertas.
“Na escola não faltam palestras sobre a gravidez na adolescência e métodos contraceptivos, mas vale sempre muito bem reforçar. [..] Não vale a pena menosprezar a pessoa, diminuí-la, é mais fácil ajudar e guiá-la neste processo”, explicou.
Durante a entrevista, a Gilmaura Oliveira falou também sobre os desafios dos estudantes, incluindo a violência na escola, e as ações realizadas bem como as dificuldades enfrentadas pela direção da Associação.
