Cerca de 30 treinadores de futebol de São Tomé e Príncipe concluíram o curso de equivalência da Licença C, promovido pela Federação Santomense de Futebol (FSF), com o objetivo de colmatar a carência dos técnicos qualificados com este nível no país.
“Essa formação veio em boa hora de modo a federação colmatar a esta atitude que começou a desenrolar no campo [porque] há equipa que ganha e, pelo facto de não ter treinador com licença C no banco, perdia o jogo, mas a federação viu de uma maneira para resolver este problema”, disse o vice-presidente para área de formação da FSF, Luís D´Alva.
No entanto, a Associação dos Treinadores de Futebol de São Tomé e Príncipe, que há anos tem contestado a falta de formação para os técnicos no país, elogiou a ação da federação, mas não deixou de lado as críticas, quanto ao aspeto da organização.
“Começamos mal e terminamos mal. Falo isso porque estamos a ser formado como treinadores, e um dos módulos da formação era a questão da organização da própria equipa e nesse quesito a federação falhou e eu apelo que a próxima formação […] esses aspetos estejam todos ultrapassados e no futuro todos nós ganhemos com isto e o futebol são-tomense também”, declarou o líder da Associação dos Treinadores de Futebol de São Tomé e Príncipe, Aureliano Semedo.
Fundamentos do futebol, planificação e programação dos treinos e as leis dos jogos, foram alguns dos métodos partilhados durante esta ação, que foi orientada pelos treinadores, Pululu, Gastão e Adriano Eusébio “Tino”, antigo selecionador nacional.
“Nesse momento eu acho que [vocês] estão com conhecimento básico, mas o que eu posso dizer, é que, o que nós aprendemos aqui é mais a questão da organização e sistematização dos treinos”, disse Tino.
“Normalmente, quando a gente não tem a parte teórica, fazemos as coisas de forma desorganizada, mas nesse momento, pelo que percebi tanto no trabalho teórico e tático, percebi que todo mundo está nesse momento com habilidades suficientes para melhorar o seu trabalho dia a dia”, acrescentou.

O curso promovido pela Federação Santomense de Futebol (FSF), teve a duração de duas semanas e contou com a participação dos treinadores que já exercem a função na 1ª, 2ª e Divisão de Honra, bem como dos novos treinadores que ainda não têm clubes.
