Mais de 500 professores estão a exigir promoção e outros denunciaram a falta de inscrição na segurança social, apesar dos descontos, acusando o atual Governo de não cumprir um acordo de 2024 para a melhoria das condições salariais e de trabalho no sistema de educação.
São problemas identificados desde 2024, saindo da greve e assinatura do memorando de entendimento entre a classe docente e o Governo liderado pelo ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada, mas que segundo os professores ainda não tiveram solução.
“Eu como faço parte de um dos sindicatos e também da comissão intersindical, já tentamos várias vezes, inclusive já tivemos encontro com o diretor do gabinete primeiro-ministro, mas não nos dão nenhuma luz verde e isso deixa-nos dúvidas sobre a posição do governo se realmente é “não deixar ninguém para trás””, lamentou o porta-voz, Osvaldo Monteiro.
“Há escolas que até então padecem de muitos problemas: falta de água, casa de banho, quadros inadequados para atuar no atual ensino aprendizagem das crianças e jovens deste país”, acrescentou Osvaldo Monteiro.
Segundo o sindicalista, o Governo prometeu melhorias para este ano, mas os sinais ainda não são visíveis.
“Foi nos prometido pelo anterior governo que em 2025 haveria melhorias face ao memorando assinado entre o governo, mas até a data presente não se efetivou absolutamente nada, também estamos a questionar a questão da promoção dos 531 professores que estavam contemplados no OGE de 2024 dito na assembleia nacional na pessoa do ex-ministro das finanças Genésio da Mata”, referiu Osvaldo Monteiro
Segundo o sindicalista, o atual ministro das Finanças, Gareth Guadalupe recusou cumprir o acordo, alegando não ter responsabilidade sobre os compromissos assumidos pelo anterior governo.
“O ministro das finanças rejeitou na cara dos sindicatos que não vai assumir o memorando de entendimento e nós queremos perguntar que tipo de governo tem em São Tomé e Príncipe? Sabemos que os documentos e memorandos assinados pelo governo são continuidade do estado, não é aquilo que cada um faz o que quer, então é preciso que o estado cumpra a sua parte e que os professores e educadores de São Tomé e Príncipe também façam a sua parte”, disse o sindicalista.
Além disso, o sindicalista denunciou que existem vários professores que têm sido descontados para a segurança social, mas as suas contribuições não têm sido entregues, pelo que também exigiram a correção desta irregularidade.