UCMI avança nas pesquisas sobre mosquito geneticamente modificado em STP

Espera-se que a implementação destas pesquisas seja um passo na erradicação do paludismo em São Tomé e Príncipe, no continente africano, e um meio de promoção da ciência e pesquisa no país.

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A Universidade de Califórnia Iniciativa Contra a Malária (UCMI) tem avançado nas pesquisas sobre o mosquito geneticamente modificado e nas negociações com o Governo visando a autorização para a sua libertação que deverão contribuir para a erradicação do paludismo em São Tomé e Príncipe.

Desde 2018 que a Universidade de Califórnia Iniciativa Contra a Malária tem atuado em São Tomé  e Príncipe nas pesquisas para erradicação do paludismo, com realização de formações de capacitação na área de pesquisa científica e apresentou as pesquisas realizadas na  Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de São Tomé e Príncipe, sobre os fatores bioecológicos do mosquito causador do paludismo, Anopheles coluzzi.

As pesquisas  têm analisado os factores  bioecológicos deste mosquito causador do paludismo e os processos a serem seguidos para a sua modificação biológica, como no caso das suas preferências de alimentação e como se desenvolve. Em suma, todos os fatores impulsionadores do seu desenvolvimento.

“Há muitas coisas que se sabia acerca desta espécie, como por exemplo quais são as suas preferências em termos de alimentação sanguínea, não sabíamos muito acerca dos aspectos da sua distribuição ecológica. Portanto, neste momento o projeto tem estado a desenvolver pesquisas ao nível da sua bioecologia”, referiu o vice-presidente da Faculdade de Tecnologias e Ciência, Gulay Maia.

Após obter os resultados completos das pesquisas dos fatores bioecológicos destes mosquitos, com autorização do Governo, os mesmos serão modificados e libertos no seu habitat. Estima-se que o primeiro experimento poderá ser feito na ilha do Príncipe.

“É um processo que ainda está em negociação, até a data a UCMI ainda não implementou algum trabalho que envolva a utilização, a produção, ou muito menos a libertação do mosquito modificado. Todas estas atividades carecem de autorização do governo de São Tomé e Príncipe e é neste sentido que agora estamos a caminhar, trabalhando em conjunto com as autoridades”, disse João Pinto, gestor de pesquisa da UCMI.

Espera-se que a implementação destas pesquisas seja um passo na erradicação do paludismo em São Tomé e Príncipe, no continente africano, e um meio de promoção da ciência e pesquisa no país.

“Sabemos que a situação do paludismo em São Tomé e Príncipe está controlada, mas, não está eliminada e tudo aponta para a necessidade de se implementar medidas alternativas”, referiu João Pinto, gestor de pesquisa da UCMI.

Este projeto, de acordo com vice-presidente da Faculdade de Ciência e Tecnologia, poderá ser uma oportunidade de “erradicar uma doença que aflora todo o mundo”.

“E se esta ferramenta for de facto útil, não seria São Tomé e Príncipe a erradicar a malária, mas seria possível expandi-la para toda a África”, afirmou.

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