Independência: PR pede esforço, dedicação, persistência e contributo de todos, sem exceção ou exclusões

Carlos Vila Nova disse que renovou e uma vez mais o “compromisso de continuar a labutar incansavelmente em prol do bem-estar da nação e do povo são-tomenses, ouvindo as suas vozes e trabalhando para construir um futuro mais justo e próspero para todos”.

País -
Rádio Somos Todos Primos

O Presidente da República pediu hoje o esforço, dedicação, persistência e o contributo de todos, sem exceção ou exclusões para na construção de uma nação mais forte, mais resiliente, mais pacífica, mais justa e mais sustentável, após admitir que “o país não está onde devia estar” volvidos 50 anos de independência.

“Hoje, ao completarmos o cinquentenário da nossa independência, faço um apelo a todo e a cada são-tomense, para, com renovada esperança e optimismo, coragem e determinação, nos concentrarmos na construção do nosso futuro. Um futuro de paz, de união, de harmonia, de concórdia, de diálogo, de consensos, de tolerância, de compaixão, de cidadania, de humildade e de muita solidariedade”, declarou Carlos Vila Nova.

O chefe de Estado apontou ainda, “um futuro de justiça, de equidade, de prosperidade e de oportunidades” e conquistas para todos, mas alertou que para alcançar este futuro exige de todos “trabalho árduo, feito com mais determinação, de forma mais abnegada e organizada”, para se obter melhores resultados.

“Só com o esforço, a dedicação, a persistência e o contributo de todos, sem exceção ou exclusões de qualquer natureza, chegaremos lá”, declarou Carlos Vila Nova.

Durante o seu discurso de quase uma hora, o Presidente da República fez insistiu no apelo à união entre os são-tomenses.

“Cada são‑tomense é chamado a assumir com protagonismo o papel de construtor da nossa nação. O país precisa de todos nós, do melhor de nós. Não há solução que não passe por essa verdade. O país reclama de nós união em torno dos grandes desígnios nacionais. Só juntos e unidos em torno de um ideal comum lograremos alcançar o desenvolvimento económico de São Tomé e Príncipe e o bem- estar social para o povo são-tomense”, declarou.

Carlos Vila Nova descreveu várias conquistas alcançadas neste 50 anos, com destaque para o setor da educação, e sublinhou que “os governos procuraram formar uma nova geração mais preparada e qualificada”, promover maior acesso a universidades e centros de formação, e também na área da saúde, especialmente nas áreas rurais, recordando o aumento da cobertura vacinal, e a luta contra o paludismo.

“O que falta não pode ignorar os ganhos”, salientou, para depois indicar algumas áreas que considera poderem contribuir para novos avanços, nomeadamente o turismo, a agricultura, e a economia azul “área promissora para o futuro”.

“Continuamos subjugados por grandes males” – PR

O Presidente da República também apontou vários pontos negativos que têm marcado país durante os últimos 50 anos.

“Continuamos subjugados por grandes males, mostrando-se longínquo o futuro que sonhámos em 1975”, afirmou o Presidente da República de São Tomé e Príncipe, apontando a insularidade, a dependência da ajuda internacional e “decisões menos acertadas” entre as razões para tal.

“As forças políticas não convergem sobre as prioridades e a melhor forma de conduzir o país”, afirmou ainda o chefe de Estado, referindo a falta de infraestruturas essenciais, de investimento privado “insípido e que muitas vezes morre à nascença” e a falta de emprego, “sobretudo o emprego jovem”.

Carlos Vila Nova disse que renovou e uma vez mais o “compromisso de continuar a labutar incansavelmente em prol do bem-estar da nação e do povo são-tomenses, ouvindo as suas vozes e trabalhando para construir um futuro mais justo e próspero para todos”.

O ato central das cerimónias dos 50 anos da independência decorreu na capital são-tomense, na praça onde foi declarada a independência a 12 de julho de 1975, data em que o país assinou com Portugal, antigo colonizador, um Acordo Geral de Cooperação e Amizade, onde além dos discursos oficias também aconteceram desfiles de grupos culturais e das forças militares e paramilitares.

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