A presidente da Assembleia Nacional garantiu que o relacionamento institucional com o Presidente da República “é perfeito”, apesar das alegações da oposição sobre alegado “clima de profunda tristeza e instabilidade“, após o cancelamento da sessão solene prevista para realizar-se no parlamento alusiva aos 50 anos da independência nacional.
“O relacionamento institucional é perfeito, só esta parte [da ausência] que não fez sentido realizarmos a sessão plenária, mas todo o resto flui naturalmente”, sublinhou Celmira Sacramente, quando questionada pelos jornalistas, no final do ato central das celebrações de 12 de julho, na Praça da Independência.
Celmira Sacramento afirmou que enquanto presidente da Assembleia Nacional, tem o “assento da comissão de honra da preparação dos festejos” e que esta comissão “um programa em que constava a sessão solene para o dia 11”, na Assembleia Nacional, que acabou por ser cancelada em menos de 24 horas do dia do evento, devido a indisponibilidade do chefe de Estado Carlos Vila Nova.
“Tinhamos tudo preparado, mas, a solenidade do ato era precisamente para ter presença de individualidades de entre elas, sua excelência o Presidente da República, senhor primeiro-ministro e muitos outros convidados. Convidamos corpos diplomáticos e muitas outras individualidades. Não havendo essas presenças [do Presidente e o primeiro-ministro], esvaziou todo o sentido da solenidade que queríamos dar ao ato”, explicou, Celmira Sacramento.
A presidente da Assembleia Nacional, precisou que o cancelamento da sessão solene foi decidida durante “a conferência dos líderes parlamentares”, afastando qualquer decisão unilateral.
As declarações da presidente da Assembleia contrariam a declaração do Movimento Basta que, considerou que o cancelamento da sessão solene “apenas confirma o clima de profunda tristeza e instabilidade que se abateu sobre o país desde os trágicos acontecimentos de 25 de novembro de 2022”.