Cinco casas foram destruídas e duas parcialmente queimadas na sequência de um incêndio ocorrido na localidade de Praia Melão, no domingo, 13, deixando pelo menos 7 famílias sem abrigo, as famílias pedem por ajuda.
Ocorrido por volta das 15 horas, os sinistrados alegam que o incêndio tenha sido causado por um curto cicuíto, Estêvão Castro, proprietário da casa onde se iniciou o incêndio, diz que a intensidade do fogo não permitiu que “fizesse mais nada”.
“Eu estava em casa, costurando a calça para um amigo, e após o trabalho estávamos conversando por algum tempo, e de repente ele deparou que o teto da minha casa estava em chamas e eu ao levantar olhei mais de perto e o fogo estava vindo do quarto e vinha com muita intensidade que eu fiquei trêmulo e não pude fazer mais nada”, afirmou Estêvão Castro.
“A minha filha estava na cama estudando e de repente ela viu o fogo no teto da casa e o grito dela me despertou no sono; não dava mais para ela passar pela porta e tinha que saltar da janela, e quando saí para fora o incêndio estava muito avançado e não conseguimos fazer mais nada senão correr para salvar nossas vidas”, afirmou com lágrimas nos olhos, Wildimila Marques, mãe de uma das famílias vítimas.

Estêvão Castro, Gemilson e Maria Monteiro são pais de família e afirmam terem perdido não somente as suas casas e os seus pertences como também os seus meios de sobrevivência.
“Não consegui salvar nada, inclusive a minha máquina de costura que eu utilizava para ganhar um pão para sustentar a mim e a minha família também foi danificada pelo incêndio”, lamentou Estêvão Castro.
“Tudo queimou, perdi todos os meus materiais de pesca; os meus filhos neste momento não têm nada para vestir ou calçar”, lamentou Gemilson, pai solteiro de uma das famílias vítimas.
“Eu fiquei muito mal, perdi tudo, sou palaiê e todo o meu dinheiro de negócio se queimou, nem roupa tenho para vestir”, pranteou Maria Monteiro, mãe solteira vítima do incêndio.
Segundo os sinistrados, o incêndio foi “muito rápido e intenso” e, por isso, não conseguiram preservar qualquer bem material e documentos, apesar da ação dos bombeiros. Neste momento são 23 pessoas desabrigadas incluindo menores e mães solteiras que clamam por apoio.

“Peço todas as pessoas de boa vontade que possam nos ajudar com algumas coisas que nós perdemos, segundo as suas possibilidades”, apelou Estêvão Castro.
Lazy Monteiro, desempregada e mãe de quatro filhos, de uma das famílias vítimas também pede por ajuda.
“O apelo que eu deixo são para as pessoas de boa vontade que nos queira dar a mão, porque nós estamos a precisar neste momento, eu meus filhos, a minha família e meus vizinhos estamos a precisar”,
“Para apoiar-me, estou mal, estou na rua, não tenho lugar para estar”, suplicou Maria Monteiro.
“Pessoa de boa vontade, para me ajudar porque estou na rua, sou mãe de quatro filhos, não tenho onde ir nem onde buscar tudo se perdeu; ajudem-me por favor com os documentos dos meus filhos e um lugar para abrigar”, lamentou Wildimila Marques.
As famílias pedem por apoio e auxílio face a situação, este é mais um episódio de incêndio que deixa em desamparado famílias em São Tomé e Príncipe.