Calçando o futuro: a realidade dos sapateiros em STP

Adilson pretende também criar um ateliê para melhorar as suas funções, como no caso de criação de botas para as tropas das forças armadas, e também promover formação a jovens nas zonas mais rurais como um meio de promoção da arte e forma de gerar renda.

Sociedade -
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Amante da arte da sapataria desde pequeno, Edilson Pereira exerce a profissão há mais de 20 anos, o sapateiro pretende formar a jovens nas zonas mais rurais, e instalar uma associação dos sapatateiros para organizar e promover a arte no São Tomé e Príncipe.

Residente na cidade capital, Edilson trabalha também com forramentos de sapatos, e conta que interessou-se pela arte quando pequeno, enquanto apreciava o senhor “Gugu” que residia em Água-Izé.

“Eu vi como o senhor se dedicava a área do sapateiro, dedicava a isso, e me fez simpatizar”, explicou.

A sapataria apesar de ser uma das mais antigas artes do país, tem sido “pouco valorizada e reconhecida”. Edilson que terminou recentemente uma formação no Centro Profissional de Budo-Budo nesta área, diz que apesar do pouco reconhecimento esta classe irá continuar a “ lutar e contribuir”.

“Nós trabalhamos por gosto mesmo, não somos reconhecidos com valor próprio. Mas, nós os sapateiros estamos a lutar para dar o nosso valor e o nosso contributo”. […]Na parte da organização ainda não conseguimos. Estou a tentar fazer para que nós consigamos criar a associação”, disse.

A arte também tem despertado interesse por parte de jovens, sobretudo as raparigas.

“Eles valorizam em termo de aproximação. Agora também apareceram meninas e estão a aprender”, citou o sapateiro.

Adilson pretende também criar um ateliê para melhorar as suas funções, como no caso de criação de botas para as tropas das forças armadas, e também promover formação a jovens nas zonas mais rurais como um meio de promoção da arte e forma de gerar renda.

Durante a entrevista, Edilson aborda também sobre os desafios da classe dos sapateiros e de como pretende unificar a mesma.

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