A Embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal “lamenta profundamente” os acontecimentos registados na zona de Talude, em Loures, Portugal, que deixou desalojadas dezenas de familias são-tomenses, incluindo crianças, idosos, e doentes, e reafirmou o “seguimento institucional” junto às autoridades são-tomenses.
Num comunicado oficial, a Embaixada referiu que tem acompanhado “desde a primeira hora” o sucedido e que existem “registos claros do seu papel de intermediação ativa entre a Câmara Municipal de Loures e os cidadãos são-tomenses residentes na zona”.
Nesta segunda-feira os moradores do bairro Talude Militar, foram “surpreendidos” com a demolição das casas construídas ilegalmente, apesar de terem sido avisados previamente pela câmara municipal de Loures que deveriam abandonar o local em 48 horas.
“Cerca de 50 habitações, afetando diretamente cerca de 170 pessoas, entre as quais crianças, idosos, cidadãos em situação de doença incluindo casos de junta médica e pessoas com deficiência”, lê-se no comunicado da embaixada.
A embaixada sublinhou também que “embora estivesse em contacto com a uma responsável da autarquia uma semana atrás” em algum momento “ foi sinalizada a iminência desta ação, nem apresentado qualquer plano estruturado de realojamento ou mitigação social”.
“A Embaixada promoveu o diálogo, apelou ao envolvimento de associações da sociedade civil para a prestação de apoios imediatos e constituiu um representante comunitário local, com vista a assegurar uma melhor articulação e comunicação entre as partes”, não obstante os esforços em curso, a embaixada entende ser seu dever lembrar a necessidade do respeito pelas leis e normas urbanísticas do Estado português”, apontou.
A Embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal reitera “total solidariedade com os cidadãos afetados”, apela “à serenidade e à coesão comunitária” e reafirma “o compromisso em continuar a acompanhar o desenrolar da situação, promovendo o diálogo e a defesa da dignidade de todos os são-tomenses”.