O governo apresentou aos sindicatos a proposta de reajuste salarial prevista no Orçamento Geral do Estado de 2025, e refirmou a intenção de concluir e implementar a nova grelha salarial ainda em 2025, aguardando para isso a contraproposta dos sindicalistas.
“É normal que os sindicatos ao verem os números pela primeira vez, eles queiram sentar com os seus associados para quererem refletir, porque isto é um diálogo não um monólogo, isto não é uma imposição é uma negociação”, disse o ministro de Estado, Economia e Finanças, Gareth Guadalupe, no final dos encontros que decorreram no referido ministério, nesta quarta-feira.
O ministro ressaltou que a proposta de ajuste apresentada aos sindicatos se limita a um “teto aprovado ao nível do Orçamento Geral do Estado” e “com os parceiros”.
“Na base deste teto é que nós estamos a tentar fazer a distribuição para toda a administração pública”, disse.
Gareth Guadalupe referiu que este reajuste salarial pretende garantir que nenhum setor da administração pública perca o rendimento, sublinhando que a negociação foi uma oportunidade para “propor e ouvir sugestões”.
“O que nós vamos continuar a fazer é dentro do teto que nós temos como que nós podemos negociar. Porque se tem um teto que é fixo, dando mais à um, significa que vou ter que diminuir o que inicialmente propôs para o outro”, ressaltou Guadalupe.
O ministro afirmou que o governo tem trabalhado arduamente na concretização deste reajuste salarial pretendido “desde o XVII governo”, e pede a colaboração de todos.
“Estamos a fazer um trabalho que não se fez em seis anos, e neste sentido é pedido a colaboração de todos. Nós não temos estado a descansar, temos estado a trabalhar arduamente para que nós possamos levar a cabo este ajuste salarial,[…] isto significa que esta é uma lei que terá que ser alterada”, acrescentou.
O ministro salientou também que todos os sindicatos estão possibilitados de apresentar uma contraposta, contando que a mesma não exceda o limite imposto pelo Orçamento Geral Estado.
“Aquilo que nós propomos aos mesmos (sindicatos) temos que dar tempo para que possam analisar e apresentar uma contraposta, […] e na base desta contraposta vamos ter que analisar os números todos porque temos um teto que não pode ser ultrapassado”, afirmou.
Após a apresentação da proposta aos sindicatos, o governo passou a bola aos sindicatos aguardando possíveis contrapropostas para avançar e concluir o processo.
