O PCD considerou que “o poder político partidarizou, a um nível considerado vergonhoso” as celebrações dos 50 anos de independência nacional alegando que há partidos que não foram convidados para as cerimónias.
Num comunicado feito na segunda-feira, 22, o partido sem assento parlamentar sublinhou que a celebração “não pertence a ninguém e muito menos aos atuais detentores da administração política”.
“Determinados partidos políticos, dos quais o PCD, não receberam qualquer convite que os levasse a tomar parte na mais singela das cerimónias, oferecendo erradamente aos convidados estrangeiros uma visão monolítica da sociedade santomense“, lê-se.
Para o PCD, “seria de todo esperado que, num regime democrático de pensamento plural, a ala política da oposição e, de um modo geral, a sociedade civil, fossem legitimamente convidados a exprimir o seu parecer e a formularem propostas sobre o formato e o conteúdo das cerimónias celebrativas, o que demonstraria maturidade e idoneidade política”,
O partido sem assento parlamentar lamentou também o cancelamento da sessão solene na Assembleia Nacional e “o fraco nível de representatividade das delegações estrangeiras, exceção feita à República Portuguesa”, que para o PCD revela “um total desinteresse por São Tomé e Príncipe”, após “o massacre ocorrido em Novembro de 2022, no Quartel do Morro, sem que se note determinação das autoridades judiciais e do governo em resolvê-lo”, disse.
O partido da oposição, também demonstrou a sua preocupação com a situação dos são-tomenses que têm sido desalojados em Portugal.
“Os acontecimentos que temos vindo a assistir com decurso em Loures, Portugal, alusivos ao desmantelamento de casas abarracadas e que atingem várias famílias de emigrantes são-tomenses, revelam uma arrepiante falta de humanismo, merecendo toda a solidariedade do Partido de Convergência Democrática convergência com aqueles que passam por tão difícil situação”, salientou.
PCD acrescentou seu apelo “a todos quantos deixaram o país, em busca do modo de vida que São Tomé e Príncipe não lhes consegue oferecer, a agirem sempre com base no respeito pelas leis dos locais de destino onde se encontrem, de modo a evidenciarem sempre a máxima dignidade do nosso povo”.
No seu comunicado, o PCD também exortou as autoridades a agirem “com sensatez, prudência e profissionalismo” no processo de nomeação do novo procurador-geral da República.