Foi validada a proposta do decreto-lei do Crédito do Mercado de Carbono em São Tomé e Príncipe, durante um workshop promovido pelo pela direção do ambiente, constituindo uma oportunidade para mobilizar recursos, atrair investimentos e inserir o país numa posição estratégica no panorama internacional.
De acordo com a ministra do Ambiente Nilda da Mata esta ação “é capaz de colocar São Tomé e Príncipe numa posição digna e estratégica no panorama internacional da ação climática”.
“O mercado de carbono enquanto organismo internacional reconhecido representa uma oportunidade significativa para países como o nosso. Uma oportunidade para mobilizar recursos, atrair investimentos, valorizar o que temos preservado, e sobretudo fazer com o que os nossos esforços de mitigação sejam reconhecidos, valorizados e justamente compensados”, ressaltou a ministra do Ambiente, Juventude e Turismo Sustentável.
Mais do que uma ferramenta técnica, o mercado de crédito de carbono “é um instrumento de justiça climática. Uma via para equilibrar a balança entre os grandes emissores e os países com baixa pegada de carbono como São Tomé e Príncipe”, destacou.

Este diploma irá definir os critérios, os mecanismos, os autores e as obrigações que irão gerir o funcionamento do mercado de carbono em São Tomé e Príncipe.
Um diploma que trará ao país “inúmeras oportunidades” desde “financiamento de projetos comunitários de reflorestamento e agroflorestais, implantação do sistema de energias renováveis nas zonas rurais, valorização da gestão de resíduos urbanos com impacto direto na saúde pública e no ambiente, incentivo à inovação agrícola de baixo carbono promovendo soberania alimentar sustentável, preservação dos nossos sistemas marinhos nos quais são fundamentais para a captura e armazenamento de carbono”, destacou Nilda da Mata.
Nilda da Mata ressaltou que esta é também uma oportunidade de “ver o ambiente não apenas como um setor, mas como um vetor transversal de desenvolvimento económico social e tecnológico”.
Esta sessão de validação foi promovida pelo Ministério do Ambiente, Juventude e Turismo Sustentável em parceria com a direção do Ambiente e Ação Climática