Segundo a mãe, o seu filho, que é pedreiro de profissão, foi agredido por uma agente da polícia e o seu marido, na localidade de São João, enquanto trabalhava num “território particular”.
“O meu filho trabalhava para um senhor e o mesmo mandou ele iniciar as obras no terreno, mas, um vizinho deste senhor disse-o para não o fazer, não sei a razão. O meu filho continuou porque estava a trabalhar para ganhar o seu dinheiro. Foi quando uma polícia que também era vizinha, apareceu e disse-o para sair, ele não saiu e ela atirou por cima da cabeça dele”, disse a mãe.
Francisca relatou que após o filho ter sido agredido pela agente, foi também “empurrado” pelo marido da mesma. A mãe referiu que o jovem foi a busca de um manchim, contudo, foi intercetado e agredido por outros agentes da polícia.
“Polícia quando vem, não pergunta a razão, bateram nele fortemente. Meu filho detou sangue na boca. Meu filho chegou na cadeia e todos pensavam que ele era ladrão, pela forma como ele foi”, explicou.

Francisca diz que o jovem sofreu várias fraturas pelo corpo, e que embora tenha sido liberto, até hoje, não obteve a resolução da situação, apesar de ter entrado com a queixa no Ministério Público.
A mãe apela às entidades competentes por justiça e resolução desta situação.
“Eu fui com ele para o hospital fazer Raio X acusou pancada, eu vim com os resultados para aqui, mas não resolveram o problema do meu filho até hoje. […] Eu não tenho dinheiro para pagar o advogado a quantia que eles pedem, somos pobres então tudo ficou assim”, disse.
“Eu quero justiça, este caso não pode parar, não é por eu ser pobre que tudo corre assim”, apelou a mãe.