Pérola, Anselmo Ralph, Gilmário Vemba e Celma Ribas estão entre os vários artistas e figuras públicas angolanas, que se pronunciaram sobre protestos das últimas 74 horas em Luanda, onde estima-se mais de 20 mortes, 1.200 detenções e destruição de vários bens.
Os artistas recorreram as redes sociais para expressar a preocupação face ao caos instalado na cidade de Luanda, durante as manifestações iniciadas nesta segunda-feira.
“As pessoas estão cansadas de normalizar a fome, de viver o hoje sem esperança, de falta de soluções e o resultado está a ser este grito.Não é sobre política, é sobre humanidade. Sobre o direito básico de se viver com dignidade, de sonhar sem medo, de respirar sem peso no peito, …por favor, ouçam a voz do povo. Que haja diálogo e que decisões sejam tomadas decisões que reflitam as preocupações reais de todos os angolanos”, declarou Pérola numa publicação pelo instagram.
Anselmo Ralph, referiu que “algo deve ser feito” e que “não dá para seguir ignorando o povo”.
“Impossível ficar indiferente ao que está a acontecer no meu país e com os meus irmãos, de um lado os que vivem abaixo do nível da pobreza reclamando o seu, de outro o irmão angolano que tem enfrentado as calamidades económicas…algo tem que ser feito, não dá para seguir ignorando o sofrimento do povo, mas que também percebamos, que irmão não fatiga irmão, Que Cristo esteja conosco neste momento”, acrescentou.
Gilmário Vemba e Vitor Hugo Mendes também usaram as redes sociais para abordarem sobre os acontecimentos, onde têm focado na falta de pronunciamento e posicionamento do presidente da República, João Lourenço, desde o início da manifestação.
Em declarações à imprensa após a sessão no conselho de ministros, o ministro do interior, Manuel Homem, pediu “confiança nos órgãos de segurança nacional, que estão empenhados em garantir que a segurança, a estabilidade e a paz social se concretize” e garantiu como “calma a situação de segurança pública no país”.
O ministro avançou também que atualmente foram registados “22 mortos, 197 feridos e 1214 detidos por vandalismo e pilhagem”. Para além da província de Luanda, o conflito alastrou-se também à província de Malanje.