ONU encoraja STP a apostar na Inteligência Artificial para alcançar desenvolvimento “rápido, eficaz e inclusivo”

O coordenador residente das Nações Unidas destacou também que “novas tecnologias poderão ser um acelerador do desenvolvimento social e económico de São Tomé e Príncipe”.

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Rádio Somos Todos Primos

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), apresentou o relatório do desenvolvimento humano 2024/2025:Uma questão de escolhas e possibilidades na era da inteligência artificial, demonstrado como a inteligência artificial pode ser uma ferramenta de desenvolvimento mais rápido, eficaz e inclusivo em São Tomé e Príncipe.

“Este relatório coloca ênfase especial no processo de transformação em curso, no âmbito da cooperação global com destaque para a inteligência artificial e as implicações para o desenvolvimento humano centrando numa das questões mais cruciais e transformadora do nosso tempo. Como garantir que a inteligência artificial enquanto força da mudança global seja colocado ao serviço do  desenvolvimento humano”, ressaltou a ministra Segundo a ministra do Estado dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidade, Ilza Amado Vaz.

As mudanças sociais decorrentes no mundo têm gerado o aumento das desigualdades sociais, contudo, a inteligência artificial poderá constituir-se como uma ferramenta de desenvolvimento humano e oportunidade de criar maiores oportunidades.

“A desigualdade aumentou pelo quarto ano consecutivo entre países com índices de desenvolvimento humano baixos e muito elevados, mas no meio deste contexto preocupante, há uma centelha de esperança, e essa esperança é a IA”, frisou a representante interina do PNUD, Negar Arefi.

Segundo Negar Arefi, “o país se encontra num momento decisivo e com objetivos de desenvolvimento ambiciosos”, uma oportunidade para se abordar sobre as inteligências artificiais. 

“Uma pesquisa global do PNUD mostra que dois terços das pessoas nos países em desenvolvimento esperam já no próximo ano usar a IA na educação, saúde ou no trabalho”, acrescentou.

Apesar das vantagens das inteligências artificiais, o uso mal intencionado das mesmas poderão constituir um fator de aumento das desigualdades e de outros riscos. 

Ilza Amado Vaz, reforçou que o “relatório nos convoca a refletir sobre os benefícios e riscos da inteligência artificial no contexto específico de Tão Tomé e Príncipe”.

“Por um lado a inteligência artificial pode ajudar a melhorar a eficiência dos serviços públicos , sistema de saúde e educação, otimizar as políticas públicas,agrícolas e ambiente, aumentando a transparência e a responsabilidade, por outro lado existem riscos reais como reforço das assinaturas digitais, perda de emprego nos setores frágeis e sensíveis, segurança, regulamentação e a substituição de  decisões humanas para algoritmos sem critério ético”, disse.

Eric Overvest, coordendor residente das Nações Unidas, referiu que apesar do país ser o segundo na África lusófona com o maior índice de desenvolvimento humano, existem diversos constrangimentos na promoção das novas tecnologias no país, nomeadamente o “custo de internet em comparação com demais países lusófonos na África”.

Precisa-se fazer investimento na inteligência artificial e começamos pela educação digital”, afirmou.

O coordenador residente das Nações Unidas destacou também que “novas tecnologias poderão ser um acelerador do desenvolvimento social e económico de São Tomé e Príncipe”.

“Com novas  tecnologia e inteligência artificial não há fronteira e podemos estar conectados, podemos contribuir na economia global , isso dá muita oportunidade para o país e sobretudo para o estado como São Tomé e Príncipe”, reforçou.

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