Hermínia das Neves: Uma vida ao serviço da Rádio Nacional de São Tomé e Príncipe

Em entrevista, Hermínia destacou os desafios, limitações, a falta de condições de trabalho, a desvalorização e o desinteresse do estado pela comunicação social são-tomense.

País -
Rádio Somos Todos Primos

Hermínia das Neves é jornalista, locutora e chefe do departamento de programas da Rádio Nacional de São Tomé e Príncipe, onde trabalha há 41 anos e assume atualmente a apresentação e moderação de vários programas, entre entrevistas e debates sobre os principais assuntos do quotidiano são-tomense.

Após terminar a formação em técnica eletricista industrial no Liceu Nacional, Hermínia teria a oportunidade de imigrar para dar continuidade aos seus estudos, contudo, a vida reservou-lhe outros caminhos e em 1984 ingressou na Rádio Nacional como estagiária.

“Antes de minha mãe morrer, ela dizia: fica ali até que os bons tempos venham. E ela sempre com esta conversa mesmo na sua doença, então acabei por ficar na rádio, mesmo com um início um bocado perturbado, porque naquela altura ingressar na rádio não era fácil”, disse a jornalista em entrevista à RSTP.

Das Neves destacou as dificuldades enfrentadas na altura, incluindo a ausência de salário durante três anos, até surgirem melhores oportunidades que lhe fizeram permanecer na instituição até a presente data.

Hermínia também apresenta três programas, nomeadamente , “Falemos de Saúde; Retalhos da Vida e Mulher Presente”, onde recebe semanalmente mulheres de diversos ramos para debaterem sobre as questões da atualidade do país.

“As pessoas não valorizam os fazedores da comunicação social, quanto não, nós teríamos alguma atenção como vimos noutros locais […] têm bom salário, têm atenção, têm tudo, e nós não temos nada, por isso que costumo dizer que somos enteados do estado são-tomense”, afirmou.

Em entrevista, Hermínia destacou os desafios, limitações, a falta de condições de trabalho, a desvalorização e o desinteresse do Estado pela comunicação social são-tomense.

Hermínia apelou também por “mais união” da nova geração pela mudança e melhoria da comunicação social no país.

“A nova geração deve continuar a lutar para que isso mude. Tem que haver união entre os jovens”, disse.

Comentar
 

Comentários

ATENÇÃO: ESTE É UM ESPAÇO PÚBLICO E MODERADO. Não forneça os seus dados pessoais nem utilize linguagem imprópria.

Últimas

Topo