São-tomenses desalojados em Portugal continuam a dormir em tendas – Kedy Santos

Santos, que é também membro da Associação Vida Justa, associação que tem acompanhado desde o início a situação dos desalojados, sublinhou que a comunidade local tem sido apoiada por algumas organizações e pessoas singulares, contudo, tem observado a pouca solidariedade e empatia por parte de alguns são-tomenses.

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Rádio Somos Todos Primos

Dezenas de são-tomenses, incluindo doentes de junta médica, que foram desalojados no bairro de Talude, em Portugal, na sequência da demolições de casas ilegais, “continuam a dormir em tendas”, disse à RSTP o deputado municipal Kedy Santos, que apelou ao executivo são-tomense a criação de “mecanismos de suportes aos emigrantes”.

“É importante que o nosso Governo crie e dê suportes aos nossos emigrantes. Muitas pessoas que estão lá no Talude são pessoas que vieram de junta médica, são pessoas que têm questões de saúde grave”, disse o deputado luso são-tomense.

Kedy Santos, que integra a Coligação Democrática Unitária (CDU), na oposição na Câmara Municipal de Loures, referiu que a ação do Estado são-tomense em conceder passagens aos desalojados interessados em regressar para São Tomé e Príncipe, é questionável e que a mesma deveria ser tomada “após esgotarem todas as possibilidades” em Portugal. 

Santos, que é também membro da Associação Vida Justa, associação que tem acompanhado desde o início a situação dos desalojados, sublinhou que a comunidade local tem sido apoiada por algumas organizações e pessoas singulares, mas tem havido pouca solidariedade e empatia por parte de alguns são-tomenses.

“O movimento Vida Justa e muita gente a título individual, de boa índole [tem apoiado], mas uma coisa que me tem entristecido é que não são tantos são-tomenses quanto deviam. Nós são-tomenses estamos muito individualizados, e às vezes somos pouco cooperantes e solidários .[…] Era importante haver mais solidariedade”, afirmou.

Em entrevista à RSTP, o deputado ressaltou que o estado são-tomense deve ver na população emigrante como uma oportunidade de alavancar a economia nacional.

O deputado referiu que embora houvesse o direito legal da câmara em demolir as casas, a mesma tinha o dever de “garantir que essas pessoas possuíssem alguma solução prévia”, o que não foi o caso.

“Aquela situação foi uma situação mal gerida pela câmara, porque a questão da barraca em Portugal não é uma questão que está a acontecer agora só com os são-tomenses. A zona de Talude sempre foi habitada por imigrantes,… mas nas zonas próximas também foram ocupadas por portugueses, zona com a base de habitação ilegal”, explicou.

Durante a entrevista o deputado abordou também acerca das medidas de apoio a imigrantes em Portugal, e outros assuntos.

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