O Governo suspendeu as obras de construção do novo mercado de peixe na marginal, na sequência de reclamações que culminaram com um abaixo assinado de mais de 300 cidadãos no país e na diáspora, que classificaram o projeto como “arquitetonicamente agressivo”.
As obras estavam a ser executadas pelo Instituto Nacional de Estradas (INAE) e inserem-se no âmbito da requalificação da avenida marginal da Cidade de São Tomé.

“Após análise consciente e minuciosa sobre a questão em apreço, em reuniões de concertação entre o ministério das Infraestruturas e Recursos Nacionais, o ministério do Ambiente e Turismo e demais partes interessadas no processo, se decidiu pela suspensão dos trabalhos de edificação das referidas infraestruturas para que seja equacionar a ideia inicial prevista no projeto”, referiu o comunicado publicado na página oficial do INAE.
Em comunicado, o INAE acrescentou também que com base numa ampla auscultação de opiniões técnicas e socioecómicas “está a ser equacionada” solução adequada que “acautele os interesses de todas as partes interessadas, com particular atenção à comunidade piscatória e será em devido tempo, comunicada“.
As obras de construção do novo mercado têm levantado questionamentos sobre a legitimidade da mesma desde a sua conceção e levou mais de 300 cidadãos a assinarem a petição pública “Pela suspensão imediata da construção do mercado de peixe na Marginal”.
“O projeto arquitetonicamente agressivo, desarmonizado… que merece desvalorização e reprovação… comprometendo a paisagem cultural e turística da baía ”, referiu a petição.

O INAE acrecentou que “compreende as reclamações dos cidadãos e, no seguimento dos princípios basilares da boa governação, está comprometido com a busca de soluções para os problemas que os afetam”.