O administrador da HBD Bombom, Egbert Hein Bloemsma, garantiu que a cobrança das taxas para o acesso à praia do ilhéu Bombom, na ilha do Príncipe, não violam as leis do país, e assegurou que são para fins “exclusivos de manutenção e limpeza das praias”, de acordo com o contrato aprovado pelo Tribunal de Contas.
De acordo com uma nota enviada ao jornal Téla Nón, o administrador da HBD Bombom referiu que “em momento algum foi implementada qualquer proibição ou restrição de acesso que contrarie a legislação nacional referente a espaços de uso público, sendo garantido o acesso de todos os cidadãos (nacionais e estrangeiros), conforme estabelecido por lei e nos termos das cláusulas dos respectivos contratos de “concessão” e “administrativo de investimentos”.
“O que passou sim a ser feito, estritamente de acordo ao previsto nos respectivos contratos de “concessão” e “administrativo de investimentos”, celebrados entre o governo regional do Príncipe e a HBD – STP em dezembro de 2013 e visado pelo Tribunal de Contas em abril de 2014 – é a cobrança das taxas para fins exclusivos de manutenção e limpeza das praias, assim como para a preservação do mundo subaquático, acrescentou.
O administrador Egbert Hein Bloemsma, reagiu também ao artigo publicado pelo jornal de que “Príncipe celebra o mês da cultura com medidas que violavam os direiros fundamentais da população local”.
No artigo, o Téla Nón reflectiu as declarações publicas do deputado da Nação Conceição Moreno da ilha do Príncipe, que compara as restrições às praias do Bombom com o anterior regime do Apartheid da África do Sul.
“Há cerca de dois meses, que a população da ilha do Príncipe foi submetida a medidas restritivas, que coarctam a liberdade individual dos cidadãos, e que fazem recordar o extinto regime do “Apartheid”, na África do Sul. […] O Téla Nón apurou que o novo administrador da empresa HBD, proibiu o acesso da população à Praia do Ilhéu Bombom, e também introduziu tarifas para os cidadãos do Príncipe e de São Tomé que queiram visitar a unidade hoteleira”, referiu o artigo publicado pelo jornal Téla-Nón.
O artigo provocou a reação do administrador da HBD que classificou a analogia como “extremamente irresponsável, inapropriada, sensacionalista e lesiva à imagem do grupo HBD – STP e do seu proprietário (cuja nacionalidade é coincidentemente, a sul africana), descontextualizando decisões administrativas locais devidamente escrutinadas em sede de órgão com competência jurisdicional”.
“Tal comparação não tem qualquer base factual nem jurídica e inflama a opinião pública contra o investidor, fomentando percepções erradas e alarmistas“, salientou.
A denúncia pública feita pelo deputado do Príncipe e pelo partido MVDP que alegava que o “Presidente do Governo Regional do Príncipe foi barrado no ilhéu Bombom” foi também desmentido pelo administrador.
“Tal declaração não corresponde à verdade, pois nenhuma autoridade governamental regional em exercício de funções foi confrontada com a exigência de pagamento indevido, nem impedido de aceder aos locais em causa. Muito pelo contrário, estes além de gozarem do direito de livre-trânsito, em estabelecimentos públicos ou privados de acesso ao público, são dignos da nossa mais distinta honra e cortesia nos locais e /ou estabelecimentos sob gestão, pelo que, tais informações encontram-se, até a data, desprovidas de confirmação por qualquer fonte oficial”, concluiu a nota da HBD.