A escassez de peixe no mar tem preocupado os pescadores e palaiês de Água-Izé, no distrito de Cantagalo, que apontam a falta de equipamentos adequados para alcançar zonas mais distantes como a principal causa da redução das capturas, situação que já afeta a economia local e o sustento de várias famílias.
Segundo o vice-presidente da Associação dos pescadores e palaiês de Água-Izé, a comunidade vivenciou há anos, muitas melhorias, mas as sucessivas crises de peixe na região tem baixado a economia local.
“Antes os peixes morriam muito e outras palaiês viam de outras zonas para comprar os peixes aqui em Água Izé. Não sei se a falta de peixe são por causas de outras pessoas que tiram os peixes aqui no nosso território ou por causa do clima”, disse Feliciano Pereira.
“Esse ano os peixes não morreram. Vivemos das pescas, não temos outra coisa para fazer”, alertou outro pescador, Abdulay Afonso.
A associação dos pescadores e palaiês do Plano de Água Izé, no distrito de Cantagalo, foi criada há mais de 10 anos, com o objetivo de unir os pescadores e as palaiês da comunidade e organizar a estrutura desta atividade na região.
No entanto, a organização alega que existe épocas em que os pescadores ficam a metade do mês sem pescar. Perante a situação, os mesmos apelam por apoios para aquisição de materiais adequados, a fim de alcançarem lugares mais distantes do mar.
“A associação está a andar, mas queremos que essa associação cresça a fim de apoiar a comunidade. Mas com isso queremos um apoio, nomeadamente um motor e bote”, sublinhou Feliciano Pereira.
A organização, reforçou ainda, o pedido de assistência para manter viva esta prática que é uma das mais antigas atividades do país e a principal fonte de rendimento de várias famílias que residem no litoral.
A agricultura e a pecuária, são as atividades mais comuns na comunidade de Água Izé, mas, o que mais dinamiza a economia local é a pesca e a venda do pescado.
