A primeira edição do Futebol de Rua chegou à sua fase final e reuniu, no campo do Riboque, os melhores talentos que se destacaram durante a fase de pré-seleção realizada em vários distritos do país, e contou com três jogos disputados nos escalões feminino, júnior e sénior.
No quadro competitivo, a Escola Feminina de São Tomé defrontou a equipa de Folha Fede, e perdeu por 5 – 1, enquanto a Seleção Júnior A enfrentou a Seleção Júnior B e perdeu por 1 – 0. O torneio encerrou com o confronto entre as Seleções Seniores A e B, onde a equipa B, comandada por Jocy Pontes, venceu a sua adversaria por 5 – 2.
O evento visou caçar talentos e dar oportunidades as crianças e adolescentes são-tomenses com idade entre os 10 e os 17 anos, que têm sonho em jogar na Europa.
“Nós conseguimos observar alguns miúdos que se destacaram, mas há trabalhos que têm que ser feitos. Há situações de documentações. É uma série de situações que temos depois de levar para cima da mesa e analisar para podermos realmente ver como é que podemos ajudar ou não, dependendo da dificuldade da situação”, disse o mentor do projeto Futebol de Rua, Jocy Barros.
Segundo o responsável, foram observados um total de 750 jovens, dos quais, 75 foram pré-selecionados para a fase seguinte, sendo que apenas 34 (categoria júnior) foram aprovados para fase final que teve lugar no campo do Riboque, no último domingo.
O evento, estendeu-se também para os que jogam no campeonato doméstico em São Tomé, uma oportunidade que poderá abrir portas para aqueles que sonham em jogar no futebol europeu.
“Já vimos dois ou três aqui com alguns toques, mas algumas lacunas que se pode, se calhar como está aqui uma agência, devem estar com algum nervosismo e isso tudo, é uma questão de depois de voltarmos a observar e demais, formar uma equipa técnica aqui com qualificação para poder dar destaque a esses três jovens que nós vimos com os olhos mais de quem percebe das coisas”, frisou Barros.
“Vamos ver como é que também vamos tratar esses jogadores, vamos recolher dados, vamos ver como achar uma solução de como ajudar, se é a curto ou longo prazo, e é para isso que cá estamos”, acrescentou.
A atividade contou com a presença do antigo internacional português, Fernando Meira, o primeiro padrinho desta primeira edição e agente da FIFA.
“Vi qualidade, vi de facto uma realidade que pode crescer e espero que haja, principalmente mais apoio governamental quer para São Tomé, quer para a Ilha do Príncipe, porque os jovens jogadores, treinadores, jogadoras e miúdos da formação precisam de melhores infraestruturas, melhores treinadores para que possam crescer e acho que está na hora do país tirar um pouco de proveito em relação aos jogadores que têm aqui em São Tomé e Príncipe”, precisou Fernando Meira.
“Quero que esta geração e próximas gerações entendam que há aqui uma porta de entrada para a Europa, mas concretamente para o futebol português, que eles podem utilizar, podem e devem fazer o melhor para estar no bom patamar e fazer a diferença neste campeonato ou nesta realidade em São Tomé e Príncipe”, adiantou.
O projeto esteve comprometido com várias temáticas, dentre elas, a prática desportiva (Futebol); a saúde e bem-estar; a educação desportiva de qualidade; a igualdade de género; a redução da desigualdade classe social e as cidades e comunidades sustentáveis.
Agora, resta saber quem será selecionado pela agência, no âmbito deste projeto.
