Um grupo de 23 mulheres da ilha do Príncipe, liderado por Armada Moreno, encontrou na produção de britas uma forma de sustento depois da queda da exportação de banana e cacau nas antigas roças, atividade que começou há sete anos e que agora já desperta interesse de empresas.
Segundo Armada, a presidente do grupo, a iniciativa nasceu há sete anos quando a pobreza começou a afetar as comunidades rurais.
”Nossa atividade é fazer britas e, isto apareceu quando distribuíram a roça. Havia plantação de banana, cacau, mas como não havia como exportar esses produtos. Veio a pobreza e os homens partiam pedra [..] então nós decidimos fazer britas”, contou.
No início a atividade era apenas uma forma de tapar falhas e garantir algum sustento, mas com o tempo cresceu e já atrai empresas interessadas em comprar o produto. Agora o grupo sonha em organizar-se formalmente.
“Nossa ideia é estar organizada, ter o nosso espaço, o nosso nome, a nossa marca e logotipo”, destacou a Presidente Armanda Moreno.
Apesar dos avanços, as condições de trabalho continuam a ser um grande desafio.
“Ter apoio como no caso de material, trabalhamos aqui e as senhoras não tem botas, luvas e, o nosso trabalho é perigoso”, apelou a Presidente.
Mesmo enfrentando limitações, as britadeiras demonstram força e resiliência, transformando a brita em oportunidade de sobrevivência e desenvolvimento.